42 das vítimas eram civis que tinham sido detidos pelo grupo terrorista
Lusa
Um bombardeamento aéreo, esta segunda-feira, da coligação antiterrorista conduzida por Washington contra uma prisão dirigida pelo grupo extremista Estado Islâmico (EI), no leste da Síria, causou pelo menos 57 mortos, na maioria civis detidos, informou hoje uma ONG.
"O bombardeamento visou uma prisão do EI na cidade de Mayadine na segunda-feira de madrugada, provocando a morte de 42 civis detidos e 15 'jihadistas', entre os quais guardas e presos", disse o diretor do Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), Rami Abdel Rahmane, à agência France Presse.
Segundo fontes do OSDH na cidade, o Estado Islâmico expôs os corpos das vítimas numa rua. Mayadine situa-se na província de Deir Ezzor (leste), na sua grande maioria controlada pelo EI e bombardeada regularmente pela coligação internacional, mas também pela aviação síria e do seu aliado russo. Há uma semana, a coligação anunciou ter morto um alto responsável do EI num ataque aéreo em maio nesta cidade, próxima da fronteira iraquiana. Vários responsáveis do Estado Islâmico foram mortos nos últimos meses pela coligação conduzida pelos Estados Unidos, na Síria e no Iraque, onde o grupo 'jihadista' é alvo de ofensivas aos seus últimos bastiões. Mais de 320.000 pessoas foram mortas na guerra da Síria desencadeada em 2011.
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Enquanto Israel continua bombardeando a Síria, Thomas Flinchy, cientista político da Universidade Paris-IV, fala com a Sputnik sobre a possível razão deste comportamento de Israel.
Sputnik
A tensão está no vermelho entre a Síria e Israel, que continua a levar a cabo ataques aéreos contra o território sírio. Thomas Flinchy, historiador e membro do Centro Roland Mousnier de Sorbonne, comentou a atual situação em conversa com a Sputnik.
Israel tem uma política bastante oportunista no Oriente Médio e procura garantir a sua própria sobrevivência em um ambiente bastante hostil. Nesta lógica, a cooperação com o Daesh poderá beneficiar o governo israelense.
"Ele [Israel] tem uma política de equilíbrio, os israelenses não querem verdadeiramente que o Daesh desapareça. Além disso, o Daesh nunca atacou Israel do ponto de vista militar ou ideológico, o que mostra que Israel não é um verdadeiro inimigo para o Daesh", acrescentou Flinchy. Além disso, para garantir esta tranquilidade política, o governo de Israel, de acordo com o analista, aceitou acolher terroristas do Daesh e prestar-lhes assistência médica. Por seu lado o Daesh está interessado na instabilidade nesta região, especialmente na Síria. "Israel mantém o Daesh sob controle porque está interessado no caos na região e na máxima instabilidade para garantir a sua própria estabilidade. É uma política bastante cínica, mas ela existe", concluiu o analista. Anteriormente, o primeiro-ministro de Israel tinha declarado que Israel iria continuar a realizar ataques aéreos contra colunas de veículos sírios que transportam armas para o Hezbollah. Em resposta a isso, o presidente sírio afirmou que a proteção das fronteiras nacionais é o dever das autoridades mesmo que Israel decida destruir os sistemas antiaéreos sírios. Quatro posições do EI na província síria de Deir ez-Zor foram atingidas
EFE
Teerã, 20 jun (EFE). - Pelo menos 65 jihadistas do grupo Estado Islâmico (EI), entre eles importantes membros do grupo, morreram no bombardeio iraniano no leste da Síria, conforme um relatório dos Guardiães da Revolução divulgado nesta terça-feira pela canal oficial "Press TV".
Ao todo, quatro posições do EI na província síria de Deir ez-Zor foram atingidas pelos seis mísseis terra-terra e de médio alcance lançados no domingo do Irã pelos Guardiães da Revolução. Os principais alvos foram um centro de reuniões do EI e um hospital militar de Mayadin, no leste de Deir ez-Zor, onde 44 jihadistas morreram, entre líbios, tunisianos e iraquianos.
Já o ataque contra um centro de comando do EI em Al-Muhasan, qualificado pelos Guardiães da Revolução como "um dos principais do EI na região", deixou 15 terroristas mortos. No norte de Deir ez-Zor, o bombardeio abateu seis jihadistas e feriu uma dezena. A ação também destruiu armamentos, munição, tanques, veículos militares e carros-bomba dos extremistas. De acordo a outros relatórios publicados por jornais iranianos, o ataque contra o EI matou o comandante saudita Saad al Husseini, conhecido como Abu Saad. Estes bombardeios foram realizados em resposta ao duplo atentado do EI em Teerã feito no último dia 7 e que terminou com 18 mortos e 50 feridos. O Irã apoia o regime sírio de Bashar al-Assad na luta contra o EI, mas até o domingo não tinha realizado ataques com mísseis a partir de seu território. |
AutorLuiz Maia HistóricoCategorias
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