O grupo terrorista Daesh (proibido na Rússia) começou a conceder "passaportes ao paraíso" a seus militantes, noticia o Daily Mail.
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Representantes da oposição síria armada encontraram alguns destes documentos durante as operações de libertação de Raqqa. Os documentos de alta qualidade, de cor verde e dourada, contêm frases do Corão em árabe e inglês, incentivando os militantes a cometer atentados com o uso de cinturões explosivos e carros-bomba. Na capa de documentos está escrito "Passaporte ao paraíso".
Concedendo tais passaportes, o Daesh tenta convencer os seguidores a se tornarem mártires.
No entanto, como sublinha o Dailly Mail, os passaportes não tem informação pessoal sobre seus portadores. A cidade síria de Raqqa, que tem estado controlada pelo Daesh desde 2013, é considerada a capital não proclamada dos militantes. Em 2016, a coalizão internacional declarou o início da operação de libertação de Raqqa. No momento, os combates continuam perto da cidade.
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42 das vítimas eram civis que tinham sido detidos pelo grupo terrorista
Lusa
Um bombardeamento aéreo, esta segunda-feira, da coligação antiterrorista conduzida por Washington contra uma prisão dirigida pelo grupo extremista Estado Islâmico (EI), no leste da Síria, causou pelo menos 57 mortos, na maioria civis detidos, informou hoje uma ONG.
"O bombardeamento visou uma prisão do EI na cidade de Mayadine na segunda-feira de madrugada, provocando a morte de 42 civis detidos e 15 'jihadistas', entre os quais guardas e presos", disse o diretor do Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), Rami Abdel Rahmane, à agência France Presse.
Segundo fontes do OSDH na cidade, o Estado Islâmico expôs os corpos das vítimas numa rua. Mayadine situa-se na província de Deir Ezzor (leste), na sua grande maioria controlada pelo EI e bombardeada regularmente pela coligação internacional, mas também pela aviação síria e do seu aliado russo. Há uma semana, a coligação anunciou ter morto um alto responsável do EI num ataque aéreo em maio nesta cidade, próxima da fronteira iraquiana. Vários responsáveis do Estado Islâmico foram mortos nos últimos meses pela coligação conduzida pelos Estados Unidos, na Síria e no Iraque, onde o grupo 'jihadista' é alvo de ofensivas aos seus últimos bastiões. Mais de 320.000 pessoas foram mortas na guerra da Síria desencadeada em 2011. A Síria vem enfrentando duas tarefas principais: combate ao terrorismo e luta contra a divisão da sociedade. Quaisquer ideias separatistas contradizem os princípios da constituição, opinou o secretário do parlamento sírio, Khaled al Abud, em entrevista à Sputnik Árabe.
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As autoridades sírias estão envidando muitos esforços para unir todas as nacionalidades e correntes políticos do país. As pessoas, segundo o parlamentar, estão vivendo em condições difíceis de uma guerra de muitos anos. Ao mesmo tempo, o governo norte-americano está fazendo todo o possível para dividir o povo sírio, ou seja, todo o país.
Os EUA estão focados em Raqqa; e há várias razões para isso.
"Após terem desistido de controlar o caos na Síria, os [norte-americanos] começaram a pôr em prática sua nova imagem de 'libertadores e lutadores contra terrorismo'. Isso ganha especial relevância se tomar em conta as acusações de Donald Trump contra Barack Obama durante sua campanha eleitoral. Ele [Trump] chamou a administração anterior de cúmplice do Daesh, afirmando estar seguindo uma política diferente", frisa o parlamentar. O deputado acha que as vitórias em Raqqa ajudarão Trump a consolidar suas posições nos EUA. Além disso, Washington precisa de Raqqa para criar contrapeso à Rússia. De acordo com Khaled al Abud, as Forças Democráticas da Síria (FDS) transferiram nas mãos dos norte-americanos demasiados poderes em Raqqa. No entanto, eles irão se arrepender disso, pois poderão se tornar fantoches dos EUA, assim como outros aliados dos Estados Unidos, falou o parlamentar para a Sputnik Árabe. Anteriormente, as Forças Democráticas da Síria (FDS) criaram um conselho civil que terá que governar Raqqa após ter sido libertada completamente do Daesh (grupo terrorista proibido na Rússia). No sábado (24), o conselho tomou a decisão de libertar 83 militantes como gesto de boa vontade. O lançamento de mísseis de cruzeiro pela Marinha russa buscou não somente eliminar a infraestrutura terrorista, mas teve também outros objetivos, não necessariamente evidentes, acredita o colunista da Sputnik Aleksandr Khrolenko.
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Os motivos alegados para a utilização dos mísseis são bastante claros: apoiar a ofensiva do Exército sírio, que segue liberando as partes do país das mãos de terroristas do Daesh, organização terrorista proibida na Rússia e em vários outros países, afirma o jornalista.
Também é importante que tal avanço se produza em meio às discussões sobre as "zonas de desescalada" entre os três países garantes do cessar-fogo (Rússia, Irã e Turquia).
Porém, mesmo considerando tudo isso, "os Kalibr são armas sofisticadas destinadas a alvos mais importantes do que uns jihadistas com metralhadoras", notou. Então, por que foram utilizados os mísseis, quando os aviões podem fazer o mesmo? Os lançamentos contra alvos reais é a melhor forma possível de treinar as tripulações de navios de guerra, tanto mais que o campo de batalha está pleno de forças da OTAN. Ademais, as divergências na abordagem em relação à Síria entre Moscou, Bruxelas e Washington se agudizaram com a derrubada do Su-22 sírio por um caça americano, levando Moscou a fazer uma advertência direta aos aviões da coalizão de que estes seriam seguidos por radares antiaéreos. "Segundo a doutrina aérea dos EUA, no caso de os seus aviões serem seguidos por radares antiaéreos, se deverá estudar a localização destes radares e planejar de antemão um possível golpe preventivo contra eles antes de prosseguir com as operações", escreve o colunista citando o ex-general da brigada americana Kevin Ryan. Neste sentido, os EUA e seus aliados "temem as capacidades da Força Aeroespacial russa e não descartam um hipotético conflito na Síria", aponta Khrolenko. Deste modo, se espera que o mais recente lançamento de mísseis, junto com o "ultimato antiaéreo", reforce a mensagem de que a Rússia não vai ser intimidada pelas ações dos EUA contra Damasco, opina o especialista. "Moscou atua na região de forma legítima, a pedido do governo soberano sírio, enquanto a presença dos EUA é ilegal. Se os americanos quiserem ‘participar' do desmantelamento da Síria, então a Rússia tem armas para defender a soberania e a integridade territorial deste país", concluiu. Enquanto Israel continua bombardeando a Síria, Thomas Flinchy, cientista político da Universidade Paris-IV, fala com a Sputnik sobre a possível razão deste comportamento de Israel.
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A tensão está no vermelho entre a Síria e Israel, que continua a levar a cabo ataques aéreos contra o território sírio. Thomas Flinchy, historiador e membro do Centro Roland Mousnier de Sorbonne, comentou a atual situação em conversa com a Sputnik.
Israel tem uma política bastante oportunista no Oriente Médio e procura garantir a sua própria sobrevivência em um ambiente bastante hostil. Nesta lógica, a cooperação com o Daesh poderá beneficiar o governo israelense.
"Ele [Israel] tem uma política de equilíbrio, os israelenses não querem verdadeiramente que o Daesh desapareça. Além disso, o Daesh nunca atacou Israel do ponto de vista militar ou ideológico, o que mostra que Israel não é um verdadeiro inimigo para o Daesh", acrescentou Flinchy. Além disso, para garantir esta tranquilidade política, o governo de Israel, de acordo com o analista, aceitou acolher terroristas do Daesh e prestar-lhes assistência médica. Por seu lado o Daesh está interessado na instabilidade nesta região, especialmente na Síria. "Israel mantém o Daesh sob controle porque está interessado no caos na região e na máxima instabilidade para garantir a sua própria estabilidade. É uma política bastante cínica, mas ela existe", concluiu o analista. Anteriormente, o primeiro-ministro de Israel tinha declarado que Israel iria continuar a realizar ataques aéreos contra colunas de veículos sírios que transportam armas para o Hezbollah. Em resposta a isso, o presidente sírio afirmou que a proteção das fronteiras nacionais é o dever das autoridades mesmo que Israel decida destruir os sistemas antiaéreos sírios. A jovem Lamiya Aji Bashar, de 18 anos, é uma das milhares de jovens yazidis que os terroristas do Daesh sequestraram no Iraque com o objetivo de convertê-las em escravas sexuais.
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Mas a jovem teve a sorte de conseguir escapar do inferno e agora leva ao mundo a história de tragédia, tanto a sua quanto do seu povo. Ela hoje vive na Alemanha, onde foi possível começar a retomar a sua vida – a começar por uma série de cirurgias nos olhos e no rosto, que foi gravemente ferido quando ela fugia do seu cativeiro e acabou atingida pela explosão de uma mina.
“Me operaram os dois olhos, e um deles não foi possível salvar. Todo mês tenho que ir ao hospital e me submeter a operações porque o meu rosto todo não estava bem”, contou Lamiya, em entrevista ao jornal espanhol ABC de Madri, cidade onde esteve para participar de um encontro organizado pela Casa Árabe e o governo regional do Curdistão no Iraque.
A jovem foi sequestrada pelo Daesh durante o ataque dos jihadistas a sua comunidade no monte Sinjar, no norte do Iraque. Lá foram assassinados e capturados cerca de 9.900 yazidis. “Mataram quase todos os homens e mulheres do meu povo, entre os quais 80 anciãs porque não serviam para nada. Qaundo são jovens elas podem ser vendidas, podem ser usadas como escravas sexuais…”, relembrou Lamiya, que acabou tendo o seu destino assim traçado pelos terroristas. Ela ficou cerca de 20 meses nas mãos dos terroristas do Daesh, tendo sido vendida como escrava sexual em quatro ocasiões, tendo nesse período enfrentado uma série de atrocidades, algo que a fez ponderar sobre o suicídio. “O Daesh capturou toda a minha família: meus irmãos, meus pais, meus tios… Também tenho uma irmã, com quatro filhos pequenos, que não sei onde está. Talvez no Iraque ou na Síria”, comentou. Por sua história, Lamiya foi agraciada com o Prêmio Sakharov em 2016, dividindo o prêmio com outra jovem yazidi, Nadia Murad. Ambas e outras vítimas do Daesh querem levar os terroristas para serem julgados pelo Tribunal Penal de Haia, para que sejam condenados por suas atrocidades. “Estão matando homens, mulheres e crianças. Não estão deixando nada com vida. Fui a vários países falar da nossa situação, como a Nadia, mas até agora nada aconteceu”, lamentou. As fragatas Admiral Essen e Admiral Grigorovich e o submarino Krasnodar realizaram lançamentos de seis mísseis de cruzeiro Kalibr contra alvos do grupo terrorista Daesh (proibido na Rússia) na província síria de Hama.
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O lançamento foi efetuado a partir da parte oriental do mar Mediterrâneo, segundo um comunicado divulgado pelo Ministério da Defesa russo.
Os militares russos garantem que os mísseis destruíram pontos de comando e depósitos de armas. Posteriormente, aviões da Força Aérea russa eliminaram o resto dos militantes e a infraestrutura do Daesh na área.
O Ministério da Defesa também destaca que os comados da Turquia e Israel foram avisados sobre o ataque. Quatro posições do EI na província síria de Deir ez-Zor foram atingidas
EFE
Teerã, 20 jun (EFE). - Pelo menos 65 jihadistas do grupo Estado Islâmico (EI), entre eles importantes membros do grupo, morreram no bombardeio iraniano no leste da Síria, conforme um relatório dos Guardiães da Revolução divulgado nesta terça-feira pela canal oficial "Press TV".
Ao todo, quatro posições do EI na província síria de Deir ez-Zor foram atingidas pelos seis mísseis terra-terra e de médio alcance lançados no domingo do Irã pelos Guardiães da Revolução. Os principais alvos foram um centro de reuniões do EI e um hospital militar de Mayadin, no leste de Deir ez-Zor, onde 44 jihadistas morreram, entre líbios, tunisianos e iraquianos.
Já o ataque contra um centro de comando do EI em Al-Muhasan, qualificado pelos Guardiães da Revolução como "um dos principais do EI na região", deixou 15 terroristas mortos. No norte de Deir ez-Zor, o bombardeio abateu seis jihadistas e feriu uma dezena. A ação também destruiu armamentos, munição, tanques, veículos militares e carros-bomba dos extremistas. De acordo a outros relatórios publicados por jornais iranianos, o ataque contra o EI matou o comandante saudita Saad al Husseini, conhecido como Abu Saad. Estes bombardeios foram realizados em resposta ao duplo atentado do EI em Teerã feito no último dia 7 e que terminou com 18 mortos e 50 feridos. O Irã apoia o regime sírio de Bashar al-Assad na luta contra o EI, mas até o domingo não tinha realizado ataques com mísseis a partir de seu território. Militares russos, depois do incidente com o avião da Força Aérea síria derrubado por um caça-bombardeiro dos EUA, suspenderam a cooperação com o Pentágono que visava evitar incidentes no espaço aéreo sírio.
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A partir de agora, a aviação e drones da coalizão internacional serão acompanhados pelas unidades da defesa antiaérea russa, declarou o Ministério da Defesa da Rússia que traçou a "linha vermelha" ao longo do rio Eufrates.
Em um comentário para a Sputnik Japão, o analista militar Konstantin Sivkov expressou a opinião que o Su-22 derrubado é mais um sinal de a guerra na Síria estar passando para uma nova fase.
"O Su-22 derrubado pelos norte-americanos é uma ação muito grave. De fato, é mais um sinal de que a guerra na Síria está passando para uma nova fase, a fase da intervenção militar dos EUA contra a Síria. É grave e é perigoso", explica Sivkov. Ele prevê o que pode acontecer depois deste incidente. A Rússia poderia desistir de apoiar a Síria, mas isto significaria o fim da autoridade de Putin, o que pode criar o risco de perturbações no país, opina o analista. Ou então a Rússia teria que entrar numa guerra com os Estados Unidos. "O bombardeio da base área de Shayrat, o ataque contra tropas sírias perto da fronteira com a Jordânia e, agora, a derrubada do Su-22. Os EUA começaram sua agressão gradualmente. Isto é muito perigoso", resumiu o analista militar russo. A coalizão internacional liderada pelos EUA que luta contra o Daesh (organização terrorista proibida na Rússia) na Síria confirmou que tinha derrubado um avião sírio Su-22 na província de Raqqa após este ter supostamente lançado bombas próximo das posições da oposição síria (Forças Democráticas Sírias). Damasco, por sua vez, declarou que, no momento, o caça sírio estava participando de uma operação contra o agrupamento terrorista Daesh. Nesta segunda-feira (19), o Ministério da Defesa russo disse em um comunicado que a derrubada do avião da Força Aérea síria pela aviação americana é uma "violação cínica da soberania da República árabe da Síria".
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Além disso, a entidade comunicou que, a partir de 19 de junho, o ministério suspende a interação com os EUA no âmbito do memorando conjunto sobre a prevenção de incidentes no espaço aéreo sírio.
"A partir de 19 de junho do ano corrente, o Ministério da Defesa da Federação da Rússia suspende a cooperação com a parte americana no âmbito do memorando conjunto sobre a prevenção de incidentes e garantia de segurança dos voos da aviação no decorrer das operações na Síria e exige uma investigação escrupulosa por parte do comando americano, com apresentação dos respectivos resultados e medidas tomadas", diz-se no comunicado.
"Nas regiões do espaço aéreo sírio onde a aviação russa efetua suas missões de combate, quaisquer meios aéreos, inclusive aviões e veículos não tripulados da coalizão internacional, detectados a oeste do rio Eufrates serão acompanhados pelos dispositivos aéreos e terrestres da defesa antiaérea russos e considerados como alvos aéreos", advertiram os militares russos. Ademais, o ministério frisou que as ações americanas em relação às Forças Armadas da Síria podem ser qualificadas, de fato, como "agressão militar". "As repetidas ações militares da aviação americana sob o disfarce de 'combate ao terrorismo' contra as Forças Armadas legítimas de um país-membro da ONU são uma violação gritante do direito internacional e, de fato, um ato de agressão militar em relação à República Árabe da Síria", indica o comunicado do ministério. A entidade adiantou que o comando da coalizão internacional, encabeçada pelos EUA, não usou os canais de comunicação com a Rússia para prevenir incidentes no espaço aéreo durante a operação em Raqqa, onde um avião governamental Su-22 foi abatido. "Naquele momento, os aviões da Força Aeroespacial russa estavam atuando no espaço aéreo sírio. Porém, o comando das forças da coalizão não usou o canal de comunicação que existe entre os comandos aéreos da base aérea de Al-Udeid (no Qatar) e a base de Hmeymim [na Síria] para prevenção de incidentes no espaço aéreo sírio", prosseguiu. A coalizão internacional liderada pelos EUA que luta contra o Daesh (organização terrorista proibida na Rússia e em vários outros países) na Síria e no Iraque confirmou que tinha derrubado um avião sírio Su-22 na província de Raqqa após este ter supostamente lançado bombas próximo das posições da oposição síria (Forças Democráticas Sírias). Damasco, por sua vez, declarou que, no momento, a aviação síria estava realizando uma operação contra o agrupamento terrorista Daesh. A coalizão internacional liderada pelos EUA derrubou neste domingo um avião da Força Aérea da Síria nos arredores da cidade de Raqqa, informou um comunicado do ministério da Defesa da Síria.
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"A nossa aeronave foi abatida hoje, no horário do almoço, nos arredores da cidade de Raqqa, no momento em que este realizava uma missão contra o Daesh", explicou o comunicado.
Segundo o ministério da Defesa, a aeronave foi abatida e o "piloto até o momento não foi localizado". Os militares sírios afirmam que a coalizão derrubou o avião, pois estaria "coordenando as suas ações com o Daesh".
"As suas ações visam parar os avanços do exército da Síria e de seus aliados no combate ao terrorismo, no momento em que o nosso exército e aliados alcançam grandes progressos", destacou o ministério da Defesa do país árabe. Este não é o primeiro incidente do gênero, provocado pelas atividades da coalizão liderada pelos Estados Unidos em Raqqa. A mídia síria já informou a morte de pelo menos 43 civis em resultado de ataques aéreos da coalizão na mesma localidade. O Ministério das Relações Exteriores da Síria condenou os ataques aéreos e enviou duas cartas ao secretário-geral da ONU e ao chefe do Conselho de Segurança da ONU, em que as ações da coalizão foram comparadas aos crimes do Daesh. Poucos dias depois, a mídia libanesa informou que os ataques aéreos da coalizão mataram mais de 30 civis mais perto de Raqqa. Raqqa está sob o controle da Daesh desde 2013, e é a capital da organização na Síria. A operação para retomar Raqqa, conduzida por uma coalizão composta por quase 70 países, está em andamento desde novembro de 2016. Os seus ataques aéreos na Síria não são autorizados pelo Conselho de Segurança da ONU, nem pelo governo de Bashar Assad. A Comissão Internacional Independente de Inquérito sobre a Síria, que faz parte das Nações Unidas, acusou os Estados Unidos e seus aliados de cometer assassinato em massa na Síria.
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De acordo com os dados apresentados pelo chefe da Comissão, Paulo Sergio Pinheiro, os bombardeios de áreas adjacentes à "capital" do autoproclamado califado do Daesh (Estado Isâmico), em Raqqa, causaram centenas de vítimas civis que viviam involuntariamente nessas áreas sob o controle dos jihadistas.
"A luta contra o terrorismo, que é uma necessidade essencial, não deve ser às custas da vida de civis, que involuntariamente vivem em áreas controladas pelo Daesh", disse Pinheiro.
Outro membro da comissão, Karen AbuZayd, disse que o número de mortos é de cerca de 300 pessoas. A maioria dessas pessoas são vítimas de ataques aéreos sobre a aldeia de Al Mansura, situada na província de Raqqa. A operação militar da coalizão liderada pelos EUA na Síria e no Iraque começou em 2014, quando Washington declarou guerra aos jihadistas do Daesh. |
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