Militares russos, depois do incidente com o avião da Força Aérea síria derrubado por um caça-bombardeiro dos EUA, suspenderam a cooperação com o Pentágono que visava evitar incidentes no espaço aéreo sírio.
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A partir de agora, a aviação e drones da coalizão internacional serão acompanhados pelas unidades da defesa antiaérea russa, declarou o Ministério da Defesa da Rússia que traçou a "linha vermelha" ao longo do rio Eufrates.
Em um comentário para a Sputnik Japão, o analista militar Konstantin Sivkov expressou a opinião que o Su-22 derrubado é mais um sinal de a guerra na Síria estar passando para uma nova fase.
"O Su-22 derrubado pelos norte-americanos é uma ação muito grave. De fato, é mais um sinal de que a guerra na Síria está passando para uma nova fase, a fase da intervenção militar dos EUA contra a Síria. É grave e é perigoso", explica Sivkov. Ele prevê o que pode acontecer depois deste incidente. A Rússia poderia desistir de apoiar a Síria, mas isto significaria o fim da autoridade de Putin, o que pode criar o risco de perturbações no país, opina o analista. Ou então a Rússia teria que entrar numa guerra com os Estados Unidos. "O bombardeio da base área de Shayrat, o ataque contra tropas sírias perto da fronteira com a Jordânia e, agora, a derrubada do Su-22. Os EUA começaram sua agressão gradualmente. Isto é muito perigoso", resumiu o analista militar russo. A coalizão internacional liderada pelos EUA que luta contra o Daesh (organização terrorista proibida na Rússia) na Síria confirmou que tinha derrubado um avião sírio Su-22 na província de Raqqa após este ter supostamente lançado bombas próximo das posições da oposição síria (Forças Democráticas Sírias). Damasco, por sua vez, declarou que, no momento, o caça sírio estava participando de uma operação contra o agrupamento terrorista Daesh.
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Nos últimos seis anos, a presença e influência dos EUA na Síria têm diminuído, enquanto as dos russos, pelo contrário, cresceram.
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Esta situação não corresponde às expetativas dos norte-americanos, o que explica a atual incursão em Al Tanf, opinou em entrevista à Sputnik Árabe o especialista militar sírio, Hasan Hasan.
"Os norte-americanos montaram seus sistemas de mísseis em lugares onde não há necessidade de lutar contra terroristas. Além disso, estas ações não foram coordenadas com o governo sírio. Tudo isso faz parte de uma agressão contra a soberania síria", disse o especialista.
Na opinião de Hasan, com suas ações os EUA querem mostrar ao mundo, nomeadamente à Rússia, que "a lei internacional não se aplica aos norte-americanos, que são eles que ditam as leis". Segundo ele, o avanço do exército sírio em direção à fronteira com o Iraque e à milícia iraquiana Hasdi Sabi está destruindo os planos estratégicos dos EUA para isolar a Síria do resto do mundo. "Os EUA estão tentando impedir que o exército sírio tome sob seu controle a fronteira sírio-iraquiana e romper as ligações entre as partes que oferecem resistência: Teerã — Bagdá — Damasco — Jerusalém — Iêmen." Nestas condições, é muito importante manter sob controle o posto de fronteira sírio-iraquiana de Al Waleed, que serve de base para a oposição armada apoiada pelos EUA e seus aliados, e que neste fim de semana foi reconquistado aos militantes. É uma posição estratégica importantíssima, pois abre caminho para a Síria, o Iraque e a Jordânia, de acordo com Hasan Hasan. Quanto à trégua, declarada pela oposição armada síria, a última "está cumprindo totalmente as instruções de seus patrocinadores estrangeiros, que prosseguem sua própria política na Síria", disse o especialista sírio em entrevista à Sputnik Árabe. |
AutorLuiz Maia HistóricoCategorias
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