O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, avisou o Irã que Israel "considera como algo grave" suas intenções de estabelecer uma presença militar na Síria e armar o grupo xiita libanês Hezbollah com armamento avançado.
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Netanyahu fez as advertências no início da reunião de seu gabinete, no dia seguinte após diversos projéteis desviados com origem na Síria terem caído em território israelense (sem causar vítimas nem danos).
O exército de Israel bombardeou as posições das forças governamentais sírias de onde supostamente foram lançados os mísseis, matando duas pessoas, segundo as fontes sírias.
Por sua vez, o Ministério de Defesa da Rússia comunicou hoje (25) que a aviação israelense destruiu veículos blindados do grupo terrorista Frente al-Nusra (atual Frente Fatah al-Sham) e não posições das tropas governamentais sírias. "Nossa política é clara. Não aceitaremos nenhum tipo de 'chuva', nem de morteiros, foguetes ou propagação de fogo [da guerra síria]. Responderemos com força a qualquer ataque em nosso território contra nossos cidadãos", afirmou o premiê. Netanyahu tem reiterado repetidamente que não aceitará a presença militar iraniana permanente em sua fronteira.
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O exercício multinacional Amazonas I acontece pela primeira vez
EFE
A Força Aérea Brasileira (FAB) está participando ao lado das aviações de Colômbia e Peru de exercícios de simulação para combater o tráfego ilícito na região fronteiriça dos três países, informaram nesta terça-feira fontes oficiais.
O exercício multinacional Amazonas I acontece pela primeira vez a partir desta terça-feira no Amazonas com o objetivo de reduzir e prevenir ameaças como a exploração ilícita de jazigos minerais, imigração ilegal, tráfico de pessoas, danos ao meio ambiente, tráfico de drogas e de armas e contrabando, indicou a Força Aérea Colombiana (FAC) em comunicado.
As operações simuladas serão desenvolvidas durante cinco dias, com aeronaves das três forças aéreas, nas quais serão consolidados procedimentos para combater o tráfego ilícito, de acordo com a FAC. O início do exercício foi na cidade peruana de Iquitos e estabelecerá uma coordenação a partir de Manaus e na Colômbia, através do Grupo Aéreo do Amazonas. Militares russos, depois do incidente com o avião da Força Aérea síria derrubado por um caça-bombardeiro dos EUA, suspenderam a cooperação com o Pentágono que visava evitar incidentes no espaço aéreo sírio.
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A partir de agora, a aviação e drones da coalizão internacional serão acompanhados pelas unidades da defesa antiaérea russa, declarou o Ministério da Defesa da Rússia que traçou a "linha vermelha" ao longo do rio Eufrates.
Em um comentário para a Sputnik Japão, o analista militar Konstantin Sivkov expressou a opinião que o Su-22 derrubado é mais um sinal de a guerra na Síria estar passando para uma nova fase.
"O Su-22 derrubado pelos norte-americanos é uma ação muito grave. De fato, é mais um sinal de que a guerra na Síria está passando para uma nova fase, a fase da intervenção militar dos EUA contra a Síria. É grave e é perigoso", explica Sivkov. Ele prevê o que pode acontecer depois deste incidente. A Rússia poderia desistir de apoiar a Síria, mas isto significaria o fim da autoridade de Putin, o que pode criar o risco de perturbações no país, opina o analista. Ou então a Rússia teria que entrar numa guerra com os Estados Unidos. "O bombardeio da base área de Shayrat, o ataque contra tropas sírias perto da fronteira com a Jordânia e, agora, a derrubada do Su-22. Os EUA começaram sua agressão gradualmente. Isto é muito perigoso", resumiu o analista militar russo. A coalizão internacional liderada pelos EUA que luta contra o Daesh (organização terrorista proibida na Rússia) na Síria confirmou que tinha derrubado um avião sírio Su-22 na província de Raqqa após este ter supostamente lançado bombas próximo das posições da oposição síria (Forças Democráticas Sírias). Damasco, por sua vez, declarou que, no momento, o caça sírio estava participando de uma operação contra o agrupamento terrorista Daesh. Nos últimos seis anos, a presença e influência dos EUA na Síria têm diminuído, enquanto as dos russos, pelo contrário, cresceram.
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Esta situação não corresponde às expetativas dos norte-americanos, o que explica a atual incursão em Al Tanf, opinou em entrevista à Sputnik Árabe o especialista militar sírio, Hasan Hasan.
"Os norte-americanos montaram seus sistemas de mísseis em lugares onde não há necessidade de lutar contra terroristas. Além disso, estas ações não foram coordenadas com o governo sírio. Tudo isso faz parte de uma agressão contra a soberania síria", disse o especialista.
Na opinião de Hasan, com suas ações os EUA querem mostrar ao mundo, nomeadamente à Rússia, que "a lei internacional não se aplica aos norte-americanos, que são eles que ditam as leis". Segundo ele, o avanço do exército sírio em direção à fronteira com o Iraque e à milícia iraquiana Hasdi Sabi está destruindo os planos estratégicos dos EUA para isolar a Síria do resto do mundo. "Os EUA estão tentando impedir que o exército sírio tome sob seu controle a fronteira sírio-iraquiana e romper as ligações entre as partes que oferecem resistência: Teerã — Bagdá — Damasco — Jerusalém — Iêmen." Nestas condições, é muito importante manter sob controle o posto de fronteira sírio-iraquiana de Al Waleed, que serve de base para a oposição armada apoiada pelos EUA e seus aliados, e que neste fim de semana foi reconquistado aos militantes. É uma posição estratégica importantíssima, pois abre caminho para a Síria, o Iraque e a Jordânia, de acordo com Hasan Hasan. Quanto à trégua, declarada pela oposição armada síria, a última "está cumprindo totalmente as instruções de seus patrocinadores estrangeiros, que prosseguem sua própria política na Síria", disse o especialista sírio em entrevista à Sputnik Árabe. |
AutorLuiz Maia HistóricoCategorias
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