O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, avisou o Irã que Israel "considera como algo grave" suas intenções de estabelecer uma presença militar na Síria e armar o grupo xiita libanês Hezbollah com armamento avançado.
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Netanyahu fez as advertências no início da reunião de seu gabinete, no dia seguinte após diversos projéteis desviados com origem na Síria terem caído em território israelense (sem causar vítimas nem danos).
O exército de Israel bombardeou as posições das forças governamentais sírias de onde supostamente foram lançados os mísseis, matando duas pessoas, segundo as fontes sírias.
Por sua vez, o Ministério de Defesa da Rússia comunicou hoje (25) que a aviação israelense destruiu veículos blindados do grupo terrorista Frente al-Nusra (atual Frente Fatah al-Sham) e não posições das tropas governamentais sírias. "Nossa política é clara. Não aceitaremos nenhum tipo de 'chuva', nem de morteiros, foguetes ou propagação de fogo [da guerra síria]. Responderemos com força a qualquer ataque em nosso território contra nossos cidadãos", afirmou o premiê. Netanyahu tem reiterado repetidamente que não aceitará a presença militar iraniana permanente em sua fronteira.
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O líder do grupo xiita libanês Hezbollah, Hassan Nasrallah, advertiu que caso Israel desencadeie uma guerra contra a Síria ou o Líbano, "centenas de milhares de combatentes" virão lutar de outros lugares do Oriente Médio.
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A tensão entre Israel e o seu inimigo Hezbollah tem aumentado nos últimos meses, após Donald Trump ter chegado ao poder nos EUA, fazendo do Irã foco de suas críticas.
"O inimigo israelense tem que saber que caso lance uma guerra contra a Síria ou o Líbano, a luta não se limitará a ser libanesa e israelense ou síria e israelense", afirmou Nasrallah em um discurso transmitido pela televisão.
Ele sublinhou que "isto não quer dizer que haja Estados que vão intervir diretamente, mas poderia se abrir o caminho para que milhares, inclusive centenas de milhares de combatentes de todo o mundo árabe e islâmico participem, do Iraque, Iêmen, Irã, Afeganistão e Paquistão". Nasrallah faz advertências a Israel periodicamente como parte de uma política de dissuasão, segundo alguns analistas. Quatro posições do EI na província síria de Deir ez-Zor foram atingidas
EFE
Teerã, 20 jun (EFE). - Pelo menos 65 jihadistas do grupo Estado Islâmico (EI), entre eles importantes membros do grupo, morreram no bombardeio iraniano no leste da Síria, conforme um relatório dos Guardiães da Revolução divulgado nesta terça-feira pela canal oficial "Press TV".
Ao todo, quatro posições do EI na província síria de Deir ez-Zor foram atingidas pelos seis mísseis terra-terra e de médio alcance lançados no domingo do Irã pelos Guardiães da Revolução. Os principais alvos foram um centro de reuniões do EI e um hospital militar de Mayadin, no leste de Deir ez-Zor, onde 44 jihadistas morreram, entre líbios, tunisianos e iraquianos.
Já o ataque contra um centro de comando do EI em Al-Muhasan, qualificado pelos Guardiães da Revolução como "um dos principais do EI na região", deixou 15 terroristas mortos. No norte de Deir ez-Zor, o bombardeio abateu seis jihadistas e feriu uma dezena. A ação também destruiu armamentos, munição, tanques, veículos militares e carros-bomba dos extremistas. De acordo a outros relatórios publicados por jornais iranianos, o ataque contra o EI matou o comandante saudita Saad al Husseini, conhecido como Abu Saad. Estes bombardeios foram realizados em resposta ao duplo atentado do EI em Teerã feito no último dia 7 e que terminou com 18 mortos e 50 feridos. O Irã apoia o regime sírio de Bashar al-Assad na luta contra o EI, mas até o domingo não tinha realizado ataques com mísseis a partir de seu território. |
AutorLuiz Maia HistóricoCategorias
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