Está agora em curso o reequipamento do exército da República Tcheca. O Ministério da Defesa do país comunicou que em breve será realizada a substituição dos sistemas de mísseis balísticos soviéticos por análogos ocidentais.
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Entre os pretendentes para entrar em serviço no exército tcheco estão peças produzidas nos EUA, na Alemanha, em Israel ou por um consórcio europeu. O observador militar Viktor Litovkin disse à Sputnik República Tcheca que provavelmente serão os americanos quem ganhará este contrato de fornecimento muito vantajoso.
O especialista sublinhou que a República Tcheca precisa realmente de renovar seus sistemas de mísseis balísticos, porque os sistemas Kub, que agora estão em serviço, foram fornecidos ainda na época do Tratado de Varsóvia.
"Os EUA não permitirão que a República Tcheca decida de forma independente quem vai fornecer os novos sistemas", sublinha Viktor Litovkin. Por exemplo, os sistemas russos Buk-M2, Buk-M3 ou Tor-M2 são mais baratos do que os análogos ocidentais e mais eficazes em termos táticos e técnicos. O material militar russo é bem conhecido na República Tcheca, ainda existem especialistas que estudaram na Escola Militar de Mísseis Antiaéreos de Minsk. "Mas o exército tcheco hoje se orienta pelos padrões da OTAN. Ao mesmo tempo, os EUA não vão ceder o seu mercado de armas à Rússia, eles estão tentando substituir os produtores de armamentos russos na Europa", disse o observador militar. Este reequipamento do exército, que custará à volta de 19 bilhões de euros (ou seja, R$ 70,7 bilhões), está decorrendo no país por causa do "ambiente político instável e por causa da ameaça militar crescente da Rússia". "Não existe nenhuma ameaça militar russa à República Tcheca, [a Rússia] não vai entrar em guerra com ninguém. Eles assustam os países da OTAN com Moscou para obrigá-los comprar mais armamentos", disse o especialista. Viktor Litovkin lembrou que o presidente dos EUA, Donald Trump, chegou ao poder prometendo criar postos de trabalho para seus cidadãos. A sua exigência para os países-membros da OTAN aumentarem seus gastos com defesa é mesmo uma garantia de compra de material militar norte-americano. Dessa forma, ele quer garantir lucros adicionais ao complexo militar-industrial dos EUA e novos empregos para os americanos.
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Anteriormente nesta semana, os grandes exercícios militares pan-nórdicos Arctic Challenge foram iniciados em Noruega, Suécia e Finlândia. Além de mais de uma centena de aviões militares, deles vão participar pela primeira vez na história bombardeiros icônicos da era da Guerra Fria.
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Neste ano, os exercícios Arctic Challenge começaram na segunda-feira e vão durar até o dia 2 de junho. Deles vão participar de um a três bombardeiros americanos dos tempos da Guerra Fria B-52H que têm pelo menos 50 anos.
"Eles não vão aterrissar em nenhuma base, mas participarão de uma missão especial no fim dos exercícios", se lê em um comunicado das Forças Armadas da Noruega.
Os grandes exercícios da aviação no Norte da Europa vão envolver mais de 1.000 participantes e 100 aeronaves de 11 países e serão recebidos por três países. Os caças, bombardeiros, aviões de transporte e aviação de guerra eletrônica irão decolar das cidades de Bodo na Noruega, Lulea na Suécia e Rovaniemi na Finlândia. Dos exercícios participarão diferentes aeronaves militares, incluindo 8 caças F-16 noruegueses, 16 Gripens suecos e 12 caças F-18 finlandeses, bem como 7 Tornado GR4 do Reino Unido, oito F-18 suíços, doze F-15 dos EUA e 6 Mirage e 3 Rafale franceses. "Convidamos outras nações aliadas e o interesse foi muito grande", disse o major Vegard Bothun da Força Aérea da Noruega à emissora nacional NRK. Os exercícios em questão, que anteriormente foram realizados em 2013 e 2015, não fazem parte dos exercícios da OTAN, mas da Cooperação Defensiva do Nórdico (NORDEFCO). Apesar deste fato, este ano deles participam muitos países-membros da OTAN, como a Bélgica, Holanda, Reino Unido, Canadá, França, Alemanha e dos próprios EUA. Os exercícios Arctic Challenge aumentaram gradualmente sua escala de 5 nações em 2013, para 9 em 2015 e, finalmente, para 11 neste ano. Esta não é a primeira vez que o bombardeiro B-52 aparece na Escandinávia. Apesar de tudo, esta aeronave impressionante, que é capaz de transportar até 32 toneladas de armas, não é uma visão habitual nos países nórdicos. |
AutorLuiz Maia HistóricoCategorias
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