Washington está preparando terreno para agressão militar contra a Síria ao ter acusado o presidente do país, Bashar Assad, de estar preparando um novo ataque químico, declarou à Sputnik o vice-presidente do Comitê da Defesa da Duma de Estado (câmara baixa do parlamento russo), Andrei Krasov.
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Mais cedo, a Casa Branca acusou as autoridades sírias de estar preparando um novo ataque com armas químicas e avisou que EUA não iriam se calar. "[Washington] está preparando o terreno para justificar essa agressão militar contra um Estado soberano [Síria]", acredita.
Krasov também apontou que EUA sempre usam "notícias falsas" para "desestabilizar a situação em certos países".
Em particular, o deputado especificou a situação no Iraque, quando o então secretário de Estado dos EUA, Colin Powell, apresentou ao Conselho de Segurança da ONU suposta informação sobre o governo iraquiano possuir armas químicas que, por sua vez, justificou a invasão no país, bem como a derrubada de Sadam Husein. "Não há nada de novo, acho que a comunidade internacional deva condenar essas ações impulsivas por parte da administração dos EUA", apontou. A oposição síria denunciou, em 4 de abril, um suposto ataque com armas químicas na cidade de Khan Shaykhun (província de Idlib), que deixou mais de 80 mortos, segundo a Organização Mundial de Saúde. Forças de oposição culparam Damasco pelo incidente, mas as autoridades sírias rejeitaram as acusações, alegando que todos os arsenais químicos foram retirados do país e eliminados sob a supervisão da Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ). O governo sírio declarou nunca ter usado substâncias tóxicas contra a sua população, nem contra forças de oposição ou terroristas. Apesar de a investigação do ataque ainda não ter sido concluída, em 7 de abril, 59 mísseis norte-americanos atacaram a base aérea síria de Shayrat (província de Homs), em "retaliação" ao uso de armas químicas pelo governo de Bashar Assad.
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Um senador russo avisou sobre possíveis novos ataques norte-americanos contra o exército sírio ao comentar a afirmação de Washington que os EUA "detectaram preparações potenciais" para realização de um ataque químico pelo governo da Síria.
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Mais cedo, a Casa Branca afirmou em um comunicado que o presidente sírio, Bashar Assad, está alegadamente preparando um ataque químico, que "deverá resultar em massacres de civis".
"Está claro que os EUA estão preparando um novo ataque contra as posições das tropas sírias. Está sendo planejada outra provocação cínica e sem precedentes", disse o primeiro vice-presidente do Comitê de Defesa e Segurança do Conselho da Federação (câmara alta do parlamento russo), Frants Klintsevich.
O senador afirmou que a nova provocação dos EUA "será mascarada como um ataque químico", podendo ser seguido posteriormente por um ataque norte-americano "contra um grupo que está à beira de uma solução construtiva da situação". Ele também sublinhou que isto apresenta ameaça aos militares russos que estão na Síria e a outros especialistas. "Existe ameaça real à vida deles", acredita. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, comentou as recentes declarações da Casa Branca dizendo que as ameaças norte-americanas contra a Síria são "inaceitáveis".
Sputnik
Mais cedo, Washington anunciou ter identificado preparativos para um eventual ataque químico por parte das autoridades sírias. A Casa Branca também declarou estar pronta para responder a tal ataque.
Além de qualificar as ameaças dos EUA como "inaceitáveis", o porta-voz do Kremlin confirmou o fato de haver perigo de provocações repetidas com armas químicas na Síria.
"Nós estamos cientes desta declaração. Não sabemos qual é o seu fundamento e, claro, discordamos categoricamente do discurso de 'mais um ataque'", disse Peskov, se referindo ao ataque à base aérea de Shayrat realizada em 6 de abril por ordem direta do presidente estadunidense, Donald Trump. O ataque norte-americano foi realizado como resposta ao suposto bombardeio químico da cidade de Khan Shaykhun, na província síria de Idlib. As autoridades sírias negam ter usado armas químicas naquela região. Até agora, não há evidências que provem as acusações norte-americanas. Damasco insiste que todo o seu arsenal de armas químicas foi destruído, o que foi confirmado ainda em janeiro de 2016 pela Organização para a Proibição das Armas Químicas (OPAQ). Governo americano advertiu que, se o ataque ocorrer, Damasco pagará 'um preço alto'. Síria diz não ter armas químicas.
France Presse
O governo americano denunciou que o presidente sírio, Bashar al-Assad, está preparando um novo ataque com armas químicas para provocar o "massacre" de civis e advertiu que, se o ataque acontecer, Damasco pagará "um preço alto".
"Os Estados Unidos identificaram a possível preparação de outro ataque com armas químicas por parte do regime de Assad, que poderia provocar um massacre de civis, incluindo crianças inocentes", disse o porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, em um comunicado divulgado na segunda-feira (26) à noite.
De acordo com a Casa Branca, as atividades são similares aos preparativos que o regime realizou antes do ataque com armas químicas em 4 de abril de 2017 contra uma cidade controlada pelos rebeldes. Na ocasião, em represália, Washington lançou 59 mísseis contra uma base aérea síria, a primeira intervenção armada dos Estados Unidos contra o governo de Damasco. "Se Assad cometer outro assassinato em massa com um ataque de armas químicas, ele e seus militares pagarão um preço alto", advertiu Spicer. "Qualquer novo ataque contra a população síria será atribuído a Assad, mas também à Rússia e ao Irã, que o ajudaram a matar seu próprio povo", declarou a embaixadora americana na ONU, Nikki Haley, ontem à noite, pelo Twitter. Nesta terça-feira, o secretário britânico da Defesa, Michael Fallon, disse à rede BBC que seu país "apoiará" uma ação militar dos Estados Unidos, no caso de um ataque químico sírio. Aliado fiel da Síria, a Rússia classificou as declarações de Washington como "inaceitáveis". "Consideramos que tais ameaças contra o governo sírio são inaceitáveis", disse à imprensa o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, ressaltando que Moscou desconhece as "razões", ou provas, que motivam as acusações americanas. "Se não houver investigação, culpar Assad é impossível, ilegítimo e injusto", completou Peskov. Assad nega, reiteradamente, que suas forças tenham usado armas químicas em abril contra a cidade rebelde de Khan Sheikhun, alegando que essas alegações "foram 100% fabricadas". O ataque deixou 88 mortos, incluindo 31 menores, e gerou uma onda de indignação na comunidade internacional. O presidente americano, Donald Trump, chegou a expressar sua indignação com o ataque de abril, devido, sobretudo, ao elevado número de crianças entre os mortos. De acordo com o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), esse bombardeio foi o segundo "ataque químico" mais sangrento desde o início do conflito em 2011. No primeiro, em 2013, usou-se gás sarin contra o subúrbio de Damasco. Pelo menos 1.400 pessoas morreram. Assad nega O presidente sírio garante que seu governo entregou em 2013 todas as armas químicas que tinha em seu poder com base no acordo negociado com a Rússia, para evitar a ameaça de um ataque dos Estados Unidos. O acordo foi posteriormente referendado em uma resolução do Conselho de Segurança da ONU. O secretário americano da Defesa, Jim Mattis, disse, porém, não ter "a menor dúvida" de que Damasco manteve armas químicas. Segundo um estudo militar israelense, Assad ainda dispõe de "algumas toneladas" de armas químicas. Nesse cenário, o porta-voz da Casa Branca lembrou, em sua nota de ontem, que "os Estados Unidos estão na Síria para eliminar o Estado Islâmico da Síria e do Iraque", e não para lançar uma guerra contra Assad. A declaração de Spicer foi corroborada por Mattis pouco depois. "Não atacaremos a menos que seja o inimigo, a menos que seja o Isis [acrônimo usado pelo governo americano para se referir ao EI]", declarou o chefe do Pentágono aos jornalistas que o acompanham em viagem pela Europa. A coalizão liderada pelos EUA na Síria apoia as forças rebeldes curdo-árabes que tentam reconquistar Raqa das mãos do Estado Islâmico e também ajudam as forças iraquianas a combater o grupo em Mossul, no Iraque. Enquanto isso, Assad conta com o apoio de bombardeios russos e do Irã. A guerra síria começou em 2011 com protestos contra o governo até se transformar em um devastador conflito. Pelo menos 320 mil pessoas já morreram. 42 das vítimas eram civis que tinham sido detidos pelo grupo terrorista
Lusa
Um bombardeamento aéreo, esta segunda-feira, da coligação antiterrorista conduzida por Washington contra uma prisão dirigida pelo grupo extremista Estado Islâmico (EI), no leste da Síria, causou pelo menos 57 mortos, na maioria civis detidos, informou hoje uma ONG.
"O bombardeamento visou uma prisão do EI na cidade de Mayadine na segunda-feira de madrugada, provocando a morte de 42 civis detidos e 15 'jihadistas', entre os quais guardas e presos", disse o diretor do Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), Rami Abdel Rahmane, à agência France Presse.
Segundo fontes do OSDH na cidade, o Estado Islâmico expôs os corpos das vítimas numa rua. Mayadine situa-se na província de Deir Ezzor (leste), na sua grande maioria controlada pelo EI e bombardeada regularmente pela coligação internacional, mas também pela aviação síria e do seu aliado russo. Há uma semana, a coligação anunciou ter morto um alto responsável do EI num ataque aéreo em maio nesta cidade, próxima da fronteira iraquiana. Vários responsáveis do Estado Islâmico foram mortos nos últimos meses pela coligação conduzida pelos Estados Unidos, na Síria e no Iraque, onde o grupo 'jihadista' é alvo de ofensivas aos seus últimos bastiões. Mais de 320.000 pessoas foram mortas na guerra da Síria desencadeada em 2011. Não foi à toa que o presidente americano, Donald Trump, visitou a Arábia Saudita em sua primeira turnê oficial como presidente dos Estados Unidos.
BBC Brasil
A viagem consolidou um acordo de venda de armas para Riad avaliado em US$ 110 bilhões. Os sauditas receberão dos EUA, durante os próximos dez anos, tanques, aviões de combate, barcos de guerra e mísseis de precisão guiados.
Apesar das várias críticas ao seu histórico de repressão, violação de direitos humanos e das mulheres e por financiar mesquitas e escolas islâmicas que difundem visões fundamentalistas do islamismo mundo afora, a Arábia Saudita é um dos principais parceiros dos EUA no Oriente Médio - e, segundo a instituição americana Council on Foreign Relations, o maior importador de armas do país.
Aumento Uma análise do Instituto Internacional de Estudos para a Paz de Estocolmo (Sipri), indica que, nos últimos quatro anos (2012-2016), as importações de armas por nações do Oriente Médio aumentaram 86%. "A Arábia Saudita foi o segundo maior importador de armas do mundo entre 2012 e 2016 (atrás da Índia), com um aumento de 212% desde o período de 2007-2011", diz o estudo. No mesmo período, segundo o Sipri, os EUA foram o maior exportador de armas do planeta. "Suas exportações aumentaram 21% comparado ao período de 2001-2011. Quase a metade destas exportações foram para o Oriente Médio." Se é certo que este aumento ocorreu durante a presidência de Barack Obama, seu governo também impôs certas restrições à venda de armas a determinados países por conta de preocupações com direitos humanos. Em 2017, no entanto, o governo Trump começou a revogar estas restrições. Em março, o Departamento de Estado suspendeu um bloqueio imposto por Obama à venda de armas para o Bahrein, depois de acusações de abusos contra grupos de oposição ligados à maioria xiita no país. A decisão permitirá, agora, a venda de aviões de combate F-16 e de outras armas ao Bahrein, como parte de um pacote avaliado em cerca de 2,7 bilhões. A base da Quinta Frota da Marinha dos Estados Unidos, que patrulha o estratégico Golfo Pérsico, fica no Bahrein. Preocupações No início do mês de junho, houve tentativas no Senado americano de bloquear um pacote de US$ 500 milhões em mísseis guiados para a Arábia Saudita, por causa de preocupações com a campanha militar saudita na guerra do Iêmen. Todas as facções envolvidas neste conflito - que começou em 2014, já matou mais de 10 mil pessoas e afundou grande parte do país em uma escassez generalizada de alimentos - foram acusadas de cometer abusos de direitos humanos e crimes de guerra. Muitos senadores se opunham à venda de armas à Arábia Saudita pelo seu papel no conflito. O país lança ataques aéreos contra rebeldes houthi - que controlam a maior parte do Iêmen - dizendo estar "defendendo o governo legítimo" do presidente, Abdrabbuh Mansour Hadi. A venda, no entanto, foi aprovada por uma estreita margem no Senado americano. O Catar também é outro grande importador de armamentos. Segundo o Sipri, nos últimos anos, "as importações de armas do Catar aumentaram 245%". Na semana passada, o secretário americano de Defesa, James Mattis, assinou um acordo de US$ 12 bilhões para a venda de 36 aviões de combate F-15 ao Catar. Situação 'confusa' O acordo ocorreu no momento em que Arábia Saudita lidera, junto com outros países da região, um duro bloqueio econômico e diplomático contra o vizinho Catar, por supostamente "apoiar a terroristas". O presidente Donald Trump elogiou a ação. "Dizem que vão adotar uma linha dura contra o financiamento do extremismo e todas as referências apontam para o Catar. Talvez este seja o começo do fim do horror do terrorismo", escreveu Trump no Twitter. Já o democrata Ted Lieu disse, em uma audiência no Congresso, que "é muito confuso para os líderes mundiais e os membros do Congresso quando a Casa Branca faz duas coisas exatamente opostas" em relação ao Catar. Cabe lembrar que o Catar abriga a maior base militar americana no Oriente Médio, a base aérea Al-Udeid, que foi essencial para missões militares e de contraterrorismo dos Estados Unidos e de seus aliados no Afeganistão, no Iraque e na Síria. Principal mercadoTudo parece indicar que o Oriente Médio, uma região submersa em numerosos conflitos, continuará sendo um dos principais importadores de armas do mundo. E os Estados Unidos, seu principal fornecedor. "Durante os últimos cinco anos, um dos principais mercados de armas dos Estados Unidos foram as nações do Oriente Médio, especialmente a Arábia Saudita", disse à BBC Pieter Wezeman, pesquisador do Sipri. "E mesmo que Obama tenha imposto algumas restrições, no total, essas restrições foram quase invisíveis." "Tudo parece indicar que agora, com Trump, será inclusive mais fácil adquirir armas dos EUA do que era antes - para países como Arábia Saudita, Bahrein e vários outros na região", conclui. Estratégia A pergunta é: será que Donald Trump tem uma estratégia para o Oriente Médio, para além da venda de armas? Segundo a correspondente da BBC no Departamento de Estado, Barbara Plett Usher, em Washington se fala de uma "aparente desconexão entre o desejo de vender mais armas para a região e uma estratégia articulada para pôr fim aos conflitos ali". Pieter Wezeman afirma que Trump não parece ter uma estratégia mais abrangente do que "vender armas para criar empregos nos Estados Unidos". "Ele parece ter jogado fora qualquer preocupação com direitos humanos", diz. "E parece extremamente disposto a fornecer qualquer tipo de armas que os países do Oriente Médio queiram e principalmente qualquer tipo de armas que eles possam pagar." Alguns analistas dizem que essa aparente falta de estratégia poderia representar um risco em uma região extremamente armada e envolvida em diversos conflitos. Eles levantam, por exemplo, a possibilidade de que aliados sunitas da Arábia Saudita utilizem essas armas para atacar seu principal inimigo na região: o Irã. "Estamos vendo que essas armas não estão sendo importadas apenas para exibição. Países como Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Catar as estão usando em grande escala no Iêmen, na Líbia e na Síria", diz Wezeman. O risco, segundo o pesquisador, é colocar uma grande quantidade de armas sofisticadas "em uma região onde não existe nenhum sistema de controle de armas e onde ninguém quer sentar à mesa para discutir o assunto." A Síria vem enfrentando duas tarefas principais: combate ao terrorismo e luta contra a divisão da sociedade. Quaisquer ideias separatistas contradizem os princípios da constituição, opinou o secretário do parlamento sírio, Khaled al Abud, em entrevista à Sputnik Árabe.
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As autoridades sírias estão envidando muitos esforços para unir todas as nacionalidades e correntes políticos do país. As pessoas, segundo o parlamentar, estão vivendo em condições difíceis de uma guerra de muitos anos. Ao mesmo tempo, o governo norte-americano está fazendo todo o possível para dividir o povo sírio, ou seja, todo o país.
Os EUA estão focados em Raqqa; e há várias razões para isso.
"Após terem desistido de controlar o caos na Síria, os [norte-americanos] começaram a pôr em prática sua nova imagem de 'libertadores e lutadores contra terrorismo'. Isso ganha especial relevância se tomar em conta as acusações de Donald Trump contra Barack Obama durante sua campanha eleitoral. Ele [Trump] chamou a administração anterior de cúmplice do Daesh, afirmando estar seguindo uma política diferente", frisa o parlamentar. O deputado acha que as vitórias em Raqqa ajudarão Trump a consolidar suas posições nos EUA. Além disso, Washington precisa de Raqqa para criar contrapeso à Rússia. De acordo com Khaled al Abud, as Forças Democráticas da Síria (FDS) transferiram nas mãos dos norte-americanos demasiados poderes em Raqqa. No entanto, eles irão se arrepender disso, pois poderão se tornar fantoches dos EUA, assim como outros aliados dos Estados Unidos, falou o parlamentar para a Sputnik Árabe. Anteriormente, as Forças Democráticas da Síria (FDS) criaram um conselho civil que terá que governar Raqqa após ter sido libertada completamente do Daesh (grupo terrorista proibido na Rússia). No sábado (24), o conselho tomou a decisão de libertar 83 militantes como gesto de boa vontade. O lançamento de mísseis de cruzeiro pela Marinha russa buscou não somente eliminar a infraestrutura terrorista, mas teve também outros objetivos, não necessariamente evidentes, acredita o colunista da Sputnik Aleksandr Khrolenko.
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Os motivos alegados para a utilização dos mísseis são bastante claros: apoiar a ofensiva do Exército sírio, que segue liberando as partes do país das mãos de terroristas do Daesh, organização terrorista proibida na Rússia e em vários outros países, afirma o jornalista.
Também é importante que tal avanço se produza em meio às discussões sobre as "zonas de desescalada" entre os três países garantes do cessar-fogo (Rússia, Irã e Turquia).
Porém, mesmo considerando tudo isso, "os Kalibr são armas sofisticadas destinadas a alvos mais importantes do que uns jihadistas com metralhadoras", notou. Então, por que foram utilizados os mísseis, quando os aviões podem fazer o mesmo? Os lançamentos contra alvos reais é a melhor forma possível de treinar as tripulações de navios de guerra, tanto mais que o campo de batalha está pleno de forças da OTAN. Ademais, as divergências na abordagem em relação à Síria entre Moscou, Bruxelas e Washington se agudizaram com a derrubada do Su-22 sírio por um caça americano, levando Moscou a fazer uma advertência direta aos aviões da coalizão de que estes seriam seguidos por radares antiaéreos. "Segundo a doutrina aérea dos EUA, no caso de os seus aviões serem seguidos por radares antiaéreos, se deverá estudar a localização destes radares e planejar de antemão um possível golpe preventivo contra eles antes de prosseguir com as operações", escreve o colunista citando o ex-general da brigada americana Kevin Ryan. Neste sentido, os EUA e seus aliados "temem as capacidades da Força Aeroespacial russa e não descartam um hipotético conflito na Síria", aponta Khrolenko. Deste modo, se espera que o mais recente lançamento de mísseis, junto com o "ultimato antiaéreo", reforce a mensagem de que a Rússia não vai ser intimidada pelas ações dos EUA contra Damasco, opina o especialista. "Moscou atua na região de forma legítima, a pedido do governo soberano sírio, enquanto a presença dos EUA é ilegal. Se os americanos quiserem ‘participar' do desmantelamento da Síria, então a Rússia tem armas para defender a soberania e a integridade territorial deste país", concluiu. Enquanto Israel continua bombardeando a Síria, Thomas Flinchy, cientista político da Universidade Paris-IV, fala com a Sputnik sobre a possível razão deste comportamento de Israel.
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A tensão está no vermelho entre a Síria e Israel, que continua a levar a cabo ataques aéreos contra o território sírio. Thomas Flinchy, historiador e membro do Centro Roland Mousnier de Sorbonne, comentou a atual situação em conversa com a Sputnik.
Israel tem uma política bastante oportunista no Oriente Médio e procura garantir a sua própria sobrevivência em um ambiente bastante hostil. Nesta lógica, a cooperação com o Daesh poderá beneficiar o governo israelense.
"Ele [Israel] tem uma política de equilíbrio, os israelenses não querem verdadeiramente que o Daesh desapareça. Além disso, o Daesh nunca atacou Israel do ponto de vista militar ou ideológico, o que mostra que Israel não é um verdadeiro inimigo para o Daesh", acrescentou Flinchy. Além disso, para garantir esta tranquilidade política, o governo de Israel, de acordo com o analista, aceitou acolher terroristas do Daesh e prestar-lhes assistência médica. Por seu lado o Daesh está interessado na instabilidade nesta região, especialmente na Síria. "Israel mantém o Daesh sob controle porque está interessado no caos na região e na máxima instabilidade para garantir a sua própria estabilidade. É uma política bastante cínica, mas ela existe", concluiu o analista. Anteriormente, o primeiro-ministro de Israel tinha declarado que Israel iria continuar a realizar ataques aéreos contra colunas de veículos sírios que transportam armas para o Hezbollah. Em resposta a isso, o presidente sírio afirmou que a proteção das fronteiras nacionais é o dever das autoridades mesmo que Israel decida destruir os sistemas antiaéreos sírios. Neste sábado (24), a Força Aérea israelense efectuou um ataque contra veículos blindados da Frente al-Nusra (atual Frente Fatah al-Sham) e não contra posições das tropas governamentais sírias como foi comunicado antes, disse à Sputnik uma fonte militar e diplomática no Ministério da Defesa russo.
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Mais cedo, a assessoria de imprensa do exército israelense informou que a aviação do país tinha atacado as posições das tropas governamentais sírias, eliminando dois tanques e uma metralhadora de grande calibre em resposta ao disparo de uma dezena de projéteis que atingiram a parte das Colinas de Golã controlada por Israel.
Já depois, a mesma entidade divulgou um vídeo dos ataques "de precisão" contra dois tanques e uma metralhadora que, segundo afirmam os militares agora, haviam disparado projéteis além da linha divisória nas Colinas de Golã.
"O ataque dos aviões da Força Aérea israelense no sábado, nas Colinas de Golã, na realidade foi efetuado contra veículos blindados dos militantes da Frente al-Nusra. Os israelenses apenas atacaram o local a partir do qual foram feitos os disparos. Na sequência deste ataque aéreo, foram liquidados dois tanques e uma metralhadora de grande calibre dos terroristas", afirmou a fonte. Ela também afirmou que esta não é a primeira tentativa dos militantes de provocar uma confrontação entre as tropas governamentais sírias e israelenses nesta região. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, avisou o Irã que Israel "considera como algo grave" suas intenções de estabelecer uma presença militar na Síria e armar o grupo xiita libanês Hezbollah com armamento avançado.
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Netanyahu fez as advertências no início da reunião de seu gabinete, no dia seguinte após diversos projéteis desviados com origem na Síria terem caído em território israelense (sem causar vítimas nem danos).
O exército de Israel bombardeou as posições das forças governamentais sírias de onde supostamente foram lançados os mísseis, matando duas pessoas, segundo as fontes sírias.
Por sua vez, o Ministério de Defesa da Rússia comunicou hoje (25) que a aviação israelense destruiu veículos blindados do grupo terrorista Frente al-Nusra (atual Frente Fatah al-Sham) e não posições das tropas governamentais sírias. "Nossa política é clara. Não aceitaremos nenhum tipo de 'chuva', nem de morteiros, foguetes ou propagação de fogo [da guerra síria]. Responderemos com força a qualquer ataque em nosso território contra nossos cidadãos", afirmou o premiê. Netanyahu tem reiterado repetidamente que não aceitará a presença militar iraniana permanente em sua fronteira. Um acordo de cessar-fogo foi assinado pelas forças armadas da Rússia com o governo de Latakia na Síria, informou à Sputnik um membro do Centro Russo para a Reconciliação na Síria.
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Aleksandr Vorontsov disse aos repórteres, durante a liberação regular de mais uma remessa de ajuda humanitária, que o acordo, assinado pelo comando militar russo foi o primeiro a ser celebrado com uma unidade federativa da república do porte de uma província até o presente momento.
O Centro de Reconciliação assinou numerosos acordos de paz locais com líderes de assentamentos sírios desde o estabelecimento de uma base no ocidente da Síria, no Mediterrâneo, há dois anos.
Mais cedo, líderes do grupo Ahrar al-Sham também assinaram acordos de adesão ao cessar-fogo na Síria. Militares da Síria informaram neste sábado que os ataques aéreos lançados por Israel contra o país, a princípio contra instalações militares sírias após granadas terem atingido as Colinas de Golan, também mataram vários civis.
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Rebeldes, incluindo facções islâmicas de linha dura, lutaram contra o exército sírio na província de Quneitra, na fronteira com as Colinas de Golan ocupadas pelos israelenses, relatou a mídia estatal síria neste sábado.
Os militares israelenses informaram que 10 projéteis vindos da Síria atingiram Israel e a retaliação veio por meio de um ataque aéreo na posição em que foram lançados, enquanto o exército israelense fez como alvo dois tanques do exército sírio.
Em uma declaração anterior aos ataques, o exército de Israel descreveu o incêndio dentro do território do país como um fogo errante, mas depois o chamou de “violação inaceitável” de sua soberania. Uma fonte militar síria disse que o foguete israelense atingiu um prédio residencial, causando várias mortes de civis e outros danos. A fonte não mencionou o fogo sírio contra Israel e disse que o ataque israelense foi em apoio aos rebeldes jihadistas. Monitor de guerra, o Observatório da Síria para os Direitos Humanos disse que os grupos rebeldes em Quneitra lançaram um assalto e estavam atacando posições do exército perto da cidade de Baath. Israel atacou a Síria várias vezes durante o conflito, às vezes depois que os projéteis aterraram nas Colinas de Golan, mas também para atacar o fornecimento de armas do grupo libanês Hezbollah, que está lutando ao lado do governo sírio. A guerra civil da Síria, entre o presidente Bashar Assad e os rebeldes que procuram expulsá-lo, já dura seis anos e matou milhares de pessoas, além de fazer milhões fugirem de suas casas. A Força Aérea de Israel atacou dois tanques das forças governamentais sírias como resposta a uma dezena de projéteis perdidos que anteriormente explodiram no território das Colinas de Golã, comunica o serviço de imprensa do exército israelense.
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O fogo a partir do território de Estado vizinho foi reconhecido pelos militares como fogo fortuito, mas o consideraram como "uma violação inaceitável da soberania de Israel".
"Como resposta aos mais de 10 projéteis com origem na Síria e caídos hoje no território de Israel, a Força Aérea israelense atacou as posições de onde foram efetuados os disparos. Além disso, foram atacados dois tanques que pertenciam às forças do regime sírio", se lê no comunicado.
Do lado israelense não houve vítimas. Os militares dizem que os projéteis voaram através da linha de separação durante os combates entre forças governamentais e a oposição síria perto da cidade de Quneitra. O líder do grupo xiita libanês Hezbollah, Hassan Nasrallah, advertiu que caso Israel desencadeie uma guerra contra a Síria ou o Líbano, "centenas de milhares de combatentes" virão lutar de outros lugares do Oriente Médio.
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A tensão entre Israel e o seu inimigo Hezbollah tem aumentado nos últimos meses, após Donald Trump ter chegado ao poder nos EUA, fazendo do Irã foco de suas críticas.
"O inimigo israelense tem que saber que caso lance uma guerra contra a Síria ou o Líbano, a luta não se limitará a ser libanesa e israelense ou síria e israelense", afirmou Nasrallah em um discurso transmitido pela televisão.
Ele sublinhou que "isto não quer dizer que haja Estados que vão intervir diretamente, mas poderia se abrir o caminho para que milhares, inclusive centenas de milhares de combatentes de todo o mundo árabe e islâmico participem, do Iraque, Iêmen, Irã, Afeganistão e Paquistão". Nasrallah faz advertências a Israel periodicamente como parte de uma política de dissuasão, segundo alguns analistas. As fragatas Admiral Essen e Admiral Grigorovich e o submarino Krasnodar realizaram lançamentos de seis mísseis de cruzeiro Kalibr contra alvos do grupo terrorista Daesh (proibido na Rússia) na província síria de Hama.
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O lançamento foi efetuado a partir da parte oriental do mar Mediterrâneo, segundo um comunicado divulgado pelo Ministério da Defesa russo.
Os militares russos garantem que os mísseis destruíram pontos de comando e depósitos de armas. Posteriormente, aviões da Força Aérea russa eliminaram o resto dos militantes e a infraestrutura do Daesh na área.
O Ministério da Defesa também destaca que os comados da Turquia e Israel foram avisados sobre o ataque. Derrubada de aeronave síria é mais recente sinal do crescente envolvimento militar de Washington no conflito, o que pode levar a um confronto direto com forças russas. Nenhum dos dois lados, porém, tem interesse nisso.
Michael Knigge | Deutsch Welle
Quando o caça F/A-18E Super Hornet derrubou um avião militar sírio de fabricação russa SU-22, depois que a aeronave supostamente atacou combatentes apoiados pelos Estados Unidos perto da cidade de Raqqa, não demorou muito para que a Rússia respondesse ao que considerou uma "agressão" às forças do governo sírio, apoiadas pelo Kremlin.
As autoridades russas não só suspenderam o chamado "canal para redução de conflitos" com os Estados Unidos, criado para evitar possíveis incidentes militares entre os dois países, como ainda disseram que seus militares derrubariam qualquer avião estrangeiro a oeste do rio Eufrates, que consideram área para operações do Kremlin.
Yezid Sayigh, especialista em Síria do centro de estudos Carnegie Middle East Center, diz que a questão-chave sobre o incidente é a razão para o governo do presidente Bashar al-Assad enviar um avião de combate a Raqqa, o que não havia feito há anos. "Minha avaliação é que o regime está testando lá e em Badia, a área desértica do sudeste sírio, as 'linhas vermelhas' dos Estados Unidos, e os Estados Unidos estão simplesmente delineando essas linhas vermelhas, não mais do que isso", avalia. Riscos de recrudescimento O incidente chamou a atenção para o conflito na Síria entre as forças apoiadas pela Rússia e as apoiadas pelos Estados Unidos, o qual tem potencial para colocar os dois países em combate direto na batalha pelo futuro da Síria. Antes da derrubada do avião de guerra, as forças dos Estados Unidos atingiram as forças pró-governo sírio três vezes nas últimas semanas para contra-atacar o que afirmaram ser ataques a grupos aliados. Os EUA elevaram recentemente o apoio militar a seus aliados na Síria, num esforço para expulsar o chamado "Estado Islâmico" da cidade de Raqqa, considerada a última fortaleza dos jihadistas no país. "Os riscos de recrudescimento e de confronto direto entre os Estados Unidos e a Rússia aumentaram, e alguns podem até dizer que isso já existe, pois o número de incidentes aumentou", ressalta Jonathan Stevenson, ex-assessor da Casa Branca para assuntos de segurança político-militares, Oriente Médio e África do Norte. "É uma situação muito perigosa", alerta Iwan Morgan, professor de estudos americanos na universidade britânica University College London. "As chances de confronto aumentaram significativamente." Embora vejam um risco maior de confronto direto, tanto Stevenson quanto Morgan avaliam que nem os Estados Unidos nem a Rússia têm interesse em deixar a situação se acirrar ainda mais. O governo dos EUA provavelmente quer evitar ver as coisas piorarem a tal ponto que se torne necessário um emprego de tropas terrestres na Síria maior do que o pretendido, de acordo com Stevenson. Novas hostilidades são prováveis Na opinião do especialista, a Rússia também teme que uma piora na situação possa sobrecarregar suas forças militares a ponto de elas não conseguirem responder à altura das capacidades dos Estados Unidos. Morgan pondera que, embora nem os Estados Unidos nem a Rússia tenham interesse no confronto, "é claro que você poderia dizer isso sobre muitos conflitos na história que mesmo assim chegaram a um certo ponto e transbordaram". Ele acrescenta, ainda, que um possível confronto entre os Estados Unidos e o Irã, outro país que apoia o governo sírio, também é preocupante. Já em maio, num incidente que recebeu comparativamente pouca atenção, caças americanos atacaram forças xiitas que haviam se aproximado demais dos soldados dos Estados Unidos na fronteira da Síria com o Iraque. Os analistas concordam que, embora seja difícil discernir uma estratégia mais ampla dos EUA – que vá além da atual operação contra o "Estado Islâmico" –, a mudança de regime está, ao menos por enquanto, fora da agenda de Washington. Mas Stevenson avalia que novas hostilidades entre a Rússia e os Estados Unidos – intencionais ou acidentais – são prováveis, especialmente se o uso do canal para redução de conflitos se tornar mais esporádico e os EUA aumentarem gradualmente suas operações em apoio às forças da oposição. Quatro posições do EI na província síria de Deir ez-Zor foram atingidas
EFE
Teerã, 20 jun (EFE). - Pelo menos 65 jihadistas do grupo Estado Islâmico (EI), entre eles importantes membros do grupo, morreram no bombardeio iraniano no leste da Síria, conforme um relatório dos Guardiães da Revolução divulgado nesta terça-feira pela canal oficial "Press TV".
Ao todo, quatro posições do EI na província síria de Deir ez-Zor foram atingidas pelos seis mísseis terra-terra e de médio alcance lançados no domingo do Irã pelos Guardiães da Revolução. Os principais alvos foram um centro de reuniões do EI e um hospital militar de Mayadin, no leste de Deir ez-Zor, onde 44 jihadistas morreram, entre líbios, tunisianos e iraquianos.
Já o ataque contra um centro de comando do EI em Al-Muhasan, qualificado pelos Guardiães da Revolução como "um dos principais do EI na região", deixou 15 terroristas mortos. No norte de Deir ez-Zor, o bombardeio abateu seis jihadistas e feriu uma dezena. A ação também destruiu armamentos, munição, tanques, veículos militares e carros-bomba dos extremistas. De acordo a outros relatórios publicados por jornais iranianos, o ataque contra o EI matou o comandante saudita Saad al Husseini, conhecido como Abu Saad. Estes bombardeios foram realizados em resposta ao duplo atentado do EI em Teerã feito no último dia 7 e que terminou com 18 mortos e 50 feridos. O Irã apoia o regime sírio de Bashar al-Assad na luta contra o EI, mas até o domingo não tinha realizado ataques com mísseis a partir de seu território. O chanceler russo, Sergei Lavrov, comentou o ataque da coalizão internacional liderada pelos EUA contra o avião militar sírio.
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"Apelamos aos EUA e a todos os outros que têm suas forças ou conselheiros no terreno [sírio] para que garantam a coordenação no nosso trabalho. As zonas de desescalada são uma das possíveis variantes de avanço. Convidamos todos a evitar ações unilaterais, a respeitar a soberania da Síria e a se juntarem a nós no nosso trabalho comum, que é coordenado com o Governo da Síria", declarou ministro do Exterior russo.
Comentando a situação atual na Síria, inclusive a presença dos EUA no sul do país, Sergei Lavrov frisou que todas as ações devem ser acordadas com Damasco.
"É assim que fazemos com o Irã e a Turquia enquanto avançamos nas negociações em Astana, todas as nossas iniciativas, propostas, coordenamos com a parte síria", lembrou ministro. A coalizão internacional liderada pelos EUA derrubou neste domingo um avião da Força Aérea da Síria nos arredores da cidade de Raqqa. A coalizão internacional está realizando uma operação militar na Síria contra os militantes do grupo Daesh desde 2014. Mas a coalizão está atuando sem autorização do governo legítimo do país. Militares russos, depois do incidente com o avião da Força Aérea síria derrubado por um caça-bombardeiro dos EUA, suspenderam a cooperação com o Pentágono que visava evitar incidentes no espaço aéreo sírio.
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A partir de agora, a aviação e drones da coalizão internacional serão acompanhados pelas unidades da defesa antiaérea russa, declarou o Ministério da Defesa da Rússia que traçou a "linha vermelha" ao longo do rio Eufrates.
Em um comentário para a Sputnik Japão, o analista militar Konstantin Sivkov expressou a opinião que o Su-22 derrubado é mais um sinal de a guerra na Síria estar passando para uma nova fase.
"O Su-22 derrubado pelos norte-americanos é uma ação muito grave. De fato, é mais um sinal de que a guerra na Síria está passando para uma nova fase, a fase da intervenção militar dos EUA contra a Síria. É grave e é perigoso", explica Sivkov. Ele prevê o que pode acontecer depois deste incidente. A Rússia poderia desistir de apoiar a Síria, mas isto significaria o fim da autoridade de Putin, o que pode criar o risco de perturbações no país, opina o analista. Ou então a Rússia teria que entrar numa guerra com os Estados Unidos. "O bombardeio da base área de Shayrat, o ataque contra tropas sírias perto da fronteira com a Jordânia e, agora, a derrubada do Su-22. Os EUA começaram sua agressão gradualmente. Isto é muito perigoso", resumiu o analista militar russo. A coalizão internacional liderada pelos EUA que luta contra o Daesh (organização terrorista proibida na Rússia) na Síria confirmou que tinha derrubado um avião sírio Su-22 na província de Raqqa após este ter supostamente lançado bombas próximo das posições da oposição síria (Forças Democráticas Sírias). Damasco, por sua vez, declarou que, no momento, o caça sírio estava participando de uma operação contra o agrupamento terrorista Daesh. |
AutorLuiz Maia HistóricoCategorias
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