A Força Aérea de Israel atacou dois tanques das forças governamentais sírias como resposta a uma dezena de projéteis perdidos que anteriormente explodiram no território das Colinas de Golã, comunica o serviço de imprensa do exército israelense.
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O fogo a partir do território de Estado vizinho foi reconhecido pelos militares como fogo fortuito, mas o consideraram como "uma violação inaceitável da soberania de Israel".
"Como resposta aos mais de 10 projéteis com origem na Síria e caídos hoje no território de Israel, a Força Aérea israelense atacou as posições de onde foram efetuados os disparos. Além disso, foram atacados dois tanques que pertenciam às forças do regime sírio", se lê no comunicado.
Do lado israelense não houve vítimas. Os militares dizem que os projéteis voaram através da linha de separação durante os combates entre forças governamentais e a oposição síria perto da cidade de Quneitra.
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O líder do grupo xiita libanês Hezbollah, Hassan Nasrallah, advertiu que caso Israel desencadeie uma guerra contra a Síria ou o Líbano, "centenas de milhares de combatentes" virão lutar de outros lugares do Oriente Médio.
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A tensão entre Israel e o seu inimigo Hezbollah tem aumentado nos últimos meses, após Donald Trump ter chegado ao poder nos EUA, fazendo do Irã foco de suas críticas.
"O inimigo israelense tem que saber que caso lance uma guerra contra a Síria ou o Líbano, a luta não se limitará a ser libanesa e israelense ou síria e israelense", afirmou Nasrallah em um discurso transmitido pela televisão.
Ele sublinhou que "isto não quer dizer que haja Estados que vão intervir diretamente, mas poderia se abrir o caminho para que milhares, inclusive centenas de milhares de combatentes de todo o mundo árabe e islâmico participem, do Iraque, Iêmen, Irã, Afeganistão e Paquistão". Nasrallah faz advertências a Israel periodicamente como parte de uma política de dissuasão, segundo alguns analistas. A jovem Lamiya Aji Bashar, de 18 anos, é uma das milhares de jovens yazidis que os terroristas do Daesh sequestraram no Iraque com o objetivo de convertê-las em escravas sexuais.
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Mas a jovem teve a sorte de conseguir escapar do inferno e agora leva ao mundo a história de tragédia, tanto a sua quanto do seu povo. Ela hoje vive na Alemanha, onde foi possível começar a retomar a sua vida – a começar por uma série de cirurgias nos olhos e no rosto, que foi gravemente ferido quando ela fugia do seu cativeiro e acabou atingida pela explosão de uma mina.
“Me operaram os dois olhos, e um deles não foi possível salvar. Todo mês tenho que ir ao hospital e me submeter a operações porque o meu rosto todo não estava bem”, contou Lamiya, em entrevista ao jornal espanhol ABC de Madri, cidade onde esteve para participar de um encontro organizado pela Casa Árabe e o governo regional do Curdistão no Iraque.
A jovem foi sequestrada pelo Daesh durante o ataque dos jihadistas a sua comunidade no monte Sinjar, no norte do Iraque. Lá foram assassinados e capturados cerca de 9.900 yazidis. “Mataram quase todos os homens e mulheres do meu povo, entre os quais 80 anciãs porque não serviam para nada. Qaundo são jovens elas podem ser vendidas, podem ser usadas como escravas sexuais…”, relembrou Lamiya, que acabou tendo o seu destino assim traçado pelos terroristas. Ela ficou cerca de 20 meses nas mãos dos terroristas do Daesh, tendo sido vendida como escrava sexual em quatro ocasiões, tendo nesse período enfrentado uma série de atrocidades, algo que a fez ponderar sobre o suicídio. “O Daesh capturou toda a minha família: meus irmãos, meus pais, meus tios… Também tenho uma irmã, com quatro filhos pequenos, que não sei onde está. Talvez no Iraque ou na Síria”, comentou. Por sua história, Lamiya foi agraciada com o Prêmio Sakharov em 2016, dividindo o prêmio com outra jovem yazidi, Nadia Murad. Ambas e outras vítimas do Daesh querem levar os terroristas para serem julgados pelo Tribunal Penal de Haia, para que sejam condenados por suas atrocidades. “Estão matando homens, mulheres e crianças. Não estão deixando nada com vida. Fui a vários países falar da nossa situação, como a Nadia, mas até agora nada aconteceu”, lamentou. No final da Segunda Guerra Mundial, as potências aliadas disputavam os pilotos alemães para tirar proveito da superioridade que o derrotado Terceiro Reich tinha alcançado na aeronáutica.
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A Argentina conseguiu atrair alguns dos mais notórios, que marcaram uma das páginas mais importantes da história da aviação latino-americana.
Apesar de sua derrota, no final da guerra, o Terceiro Reich possuía uma vantagem na corrida tecnológica. Os alemães tinham desenvolvido uma potente máquina militar sustentada em uma importante aposta na investigação científica. As aeronaves alemãs eram revolucionárias em velocidade e aerodinâmica, por isso o conhecimento gerado era uma herança valiosa para os serviços secretos dos países vencedores da guerra.
"[Os homens que tinham trabalhado nas fábricas militares alemãs] eram transportados para a Inglaterra e submetidos a extensos interrogatórios para, posteriormente, lhes oferecerem trabalho em seus respectivos países", destaca um artigo de Ricardo Burzaco, historiador argentino especializado em Segurança e Defesa. Os pilotos e cientistas alemães foram para os EUA, URSS, França e Reino Unido, mas também para a Argentina. Lá, o presidente Juan Domingo Perón se propôs colocar um fim à dependência de seu país, que havia mantido a neutralidade na Segunda Guerra Mundial. Por isso, ele sofreu um importante isolamento com a suspensão de voos comerciais para a Europa, e com seus navios mercantes sob risco de serem afundados por navios inimigos, indica Burzaco em seu artigo intitulado "Os cientistas alemães e Perón", publicado no número 334 da revista Tudo é História (Todo es Historia). Em 1945, como ministro da Guerra, Perón criou uma Força Aérea Argentina independente do Exército. A nova arma foi equipada com aeronaves de última geração. "Havia mais aviões que pilotos com capacidade para manejá-los", por isso, ex-oficiais da Luftwaffe chegaram à Argentina para dotar de novos recursos o recém-nascido ramo da Defesa. Adolf Galland
O grupo era liderado por Adolf Galland, "chefe de toda a Arma de Caça de seu país" durante a Guerra. Em 1948, o general de aviação do Terceiro Reich chegou à Argentina sem quaisquer dificuldades com a língua: havia prestado serviço na Legião Condor durante a Guerra Civil Espanhola. O acolhimento não foi mau, segundo ele relatou depois em suas memórias, publicadas em Buenos Aires em 1955.
"Lá, para mim foi oferecida a possibilidade de retomar a minha vida como aviador, bloqueada sem esperanças pelo infeliz fim do conflito, ao serviço de um país amigo que nos recebia sem preconceitos e com os braços abertos", escreveu Galland no livro. O então presidente da argentina (1946-1955) reservou "um capítulo muito especial para o desenvolvimento da aeronáutica no Primeiro Plano Quinquenal do Governo". Este impulso se refletiu na criação de um Instituto Aerotécnico, que tinha entre suas atribuições contratar especialistas estrangeiros. Kurt Tank
Kurt Tank, um experiente piloto de testes que esteve a cargo de uma das fábricas de aviões mais famosas da Alemanha, a Focke Wulf, veio da Dinamarca, junto com dois colaboradores, com passaportes argentinos emitidos com identidades falsas. "Nenhum dos três 'argentinos' falava uma palavra em espanhol, mas conseguiram chegar a Buenos Aires no outono de 1947 com uma mala carregada de microfilmagens", relata Burzaco.
O alemão projetou alguns dos aviões de caça mais notórios que utilizava seu país, como o FW-190 e o FW-200. Ao chegar às terras patagônicas, Tank elaborou um relatório para Perón com os elementos que considerava necessários desenvolver: "Um caça a jato, um treinador primário, um avião de reconhecimento e um bombardeiro para a Força Aérea." Apesar de Perón "considerar que o projeto poderia ser faraônico", ele finalmente aceitou o relatório de Tank. Além disso, garantiu ao ex-piloto nazista e seus colaboradores "igualdade de trabalho, sem discriminação de nenhum tipo". A equipe do ex-chefe da Focke Wulf continuou se completando com engenheiros, designers e especialistas em aeronáutica que trabalharam nas fábricas mais importantes de aeronaves e motores da Alemanha, entre eles Otto Behrens, ex-diretor do Centro de Ensaios da Luftwaffe. O contingente de alemães que trabalhava com Tank na Fábrica Militar de Aviões na província de Córdoba chegou a ter cerca de 60 pessoas. O projeto mais importante foi o AE-33 Pulqui II, "um caça a jato com asas em flecha que colocou a Argentina em uma vanguarda tecnológica que então só possuíam os EUA, a URSS e a Suécia, à frente de países como a Inglaterra e a França", salienta Burzaco. O desenvolvimento do Pulqui II começou em 1948 com a construção de um planador, ao que logo se juntaram as turbinas. O protótipo "estava em condições de voar em meados de junho de 1950". Em fevereiro de 1951, foi realizada a apresentação oficial do Pulqui II perante uma multidão no Aeroparque de Buenos Aires. Em jeito de brincadeira, escreve Burzaco, Tank telefonou a Perón a partir de Córdoba e disse que pousaria o caça antes de o carro presidencial chegar ao terminal aéreo. Enquanto o mandatário deveria percorrer uma dezena de quilômetros a partir de sua residência, o Pulqui II deveria voar cerca de 600 quilômetros a partir de Córdoba. "Perón aceitou o desafio, mas não contou que sua viagem de automóvel ia ser prejudicada pelo trânsito do público que se dirigia ao Aeroparque Metropolitano, para ver em ação este sonho argentino. Tank cumpriu sua palavra!", relata o historiador argentino. Burzaco encontrou uma crônica de Hans Rudel, um ex-piloto nazista, também residente na Argentina na época: de acordo com o alemão, "dezenas de milhares haviam chegado em ônibus, caminhões, bicicletas e a pé, para serem testemunhas desse acontecimento decisivo para a aviação" do país. Na apresentação, Tank fez uma demonstração de todas as possibilidades da aeronave. "Chegou rapidamente até aos 1.000 metros, virou suavemente e desceu para efetuar uma passagem nivelada a 25 metros a mais de 900 quilômetros por hora sobre o aeródromo." Então subiu "até 13.000 metros a todo motor". Finalmente, pousou o Pulqui II e, ao sair, cumprimentou Perón com um abraço. Em maio de 1951, o Pulqui II foi tripulado pela primeira vez por pilotos que não tinham tanta experiência, mas teve um problema e o piloto se ejetou, embora não tenha chegado a abrir o paraquedas. Assim, o projeto teve a sua primeira vítima fatal. Para outubro de 1952 estava prevista uma nova apresentação, mas desta vez Otto Behrens, o famoso piloto sofreu um acidente e morreu. Em 1955, uma ditadura cívico-militar autodenominada Revolução Libertadora derrubou Perón. Nesse ponto, "uma onda de ódio" destruiu tudo o que tinha relação com o ex-presidente, que teve que partir para o exílio. Tank e seus colaboradores já não tinham a mesma tranquilidade. De acordo com Burzaco, o pai do Pulqui II emigrou para a Índia depois de receber pressões e ameaças por "posse de passaporte falso". Outros emigraram para os EUA, onde abundaram as ofertas de gigantes da aviação, como a Lockheed ou Boeing. Os irmãos Horten
Outra equipe de alemães desenvolveu as chamadas "asas voadoras". Se trata dos irmãos Walter e Reimar Horten. Ambos tinham desenvolvido planadores e protótipos de aeronaves sem cauda na Alemanha. Em 1948, chegaram à Argentina e trabalharam no Instituto Aerotécnico. Walter voltou para seu país, mas Reimar permaneceu o resto de sua vida em Córdoba.
O engenheiro aperfeiçoou aí vários protótipos: I Ae 34 e I Ae 41, o último foi primeiro planador que atravessou os Andes em setembro de 1956. O mais ambicioso dos projetos de Horten foi o I Ae 37, um interceptador supersônico bimotor. O avião não chegou a ser concluído devido à conjuntura política no país. Após o afastamento de Perón, ele construiu um planador e o protótipo de uma versão motorizada subsônica. No entanto, o financiamento foi cancelado em 1961. A mesma coisa aconteceu com o I Ae 38 Naranjero, um planador, projetado para o transporte de cargas perecíveis, como resposta à falta de infraestrutura rodoviária e de aeroportos. A chegada da Revolução Libertadora suspendeu o seu desenvolvimento.
Este artigo foi elaborado com a inestimável colaboração do brigadeiro na reserva Horacio Mir González e seus colegas da Biblioteca Nacional de Aeronáutica da Força Aérea Argentina.
Está agora em curso o reequipamento do exército da República Tcheca. O Ministério da Defesa do país comunicou que em breve será realizada a substituição dos sistemas de mísseis balísticos soviéticos por análogos ocidentais.
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Entre os pretendentes para entrar em serviço no exército tcheco estão peças produzidas nos EUA, na Alemanha, em Israel ou por um consórcio europeu. O observador militar Viktor Litovkin disse à Sputnik República Tcheca que provavelmente serão os americanos quem ganhará este contrato de fornecimento muito vantajoso.
O especialista sublinhou que a República Tcheca precisa realmente de renovar seus sistemas de mísseis balísticos, porque os sistemas Kub, que agora estão em serviço, foram fornecidos ainda na época do Tratado de Varsóvia.
"Os EUA não permitirão que a República Tcheca decida de forma independente quem vai fornecer os novos sistemas", sublinha Viktor Litovkin. Por exemplo, os sistemas russos Buk-M2, Buk-M3 ou Tor-M2 são mais baratos do que os análogos ocidentais e mais eficazes em termos táticos e técnicos. O material militar russo é bem conhecido na República Tcheca, ainda existem especialistas que estudaram na Escola Militar de Mísseis Antiaéreos de Minsk. "Mas o exército tcheco hoje se orienta pelos padrões da OTAN. Ao mesmo tempo, os EUA não vão ceder o seu mercado de armas à Rússia, eles estão tentando substituir os produtores de armamentos russos na Europa", disse o observador militar. Este reequipamento do exército, que custará à volta de 19 bilhões de euros (ou seja, R$ 70,7 bilhões), está decorrendo no país por causa do "ambiente político instável e por causa da ameaça militar crescente da Rússia". "Não existe nenhuma ameaça militar russa à República Tcheca, [a Rússia] não vai entrar em guerra com ninguém. Eles assustam os países da OTAN com Moscou para obrigá-los comprar mais armamentos", disse o especialista. Viktor Litovkin lembrou que o presidente dos EUA, Donald Trump, chegou ao poder prometendo criar postos de trabalho para seus cidadãos. A sua exigência para os países-membros da OTAN aumentarem seus gastos com defesa é mesmo uma garantia de compra de material militar norte-americano. Dessa forma, ele quer garantir lucros adicionais ao complexo militar-industrial dos EUA e novos empregos para os americanos. O cruzador nuclear pesado Pyotr Veliky e os destróieres Severomorsk e Vitse-Admiral Kulakov realizaram manobras simulando um ataque contra um submarino no mar de Barents, comunicou o serviço de imprensa da Frota do Norte.
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O ataque foi antecedido da busca do submarino, em que participaram helicópteros antissubmarino e navios com sistema sonar. Um submarino nuclear da Frota do Norte desempenhou o papel de "inimigo", enquanto simulava, por sua vez, a vigilância secreta e um ataque contra alvos na superfície.
"A tripulação do cruzador e dos navios antissubmarino demonstraram uma forte preparação para a guerra antissubmarino, operando em conjunto", disse o chefe interino do serviço de imprensa da frota, capitão Andrei Luzik.
O Pyotr Veliky é dotado de 10 lançadores de mísseis, enquanto os navios Severomorsk e Vitse-Admiral Kulakov utilizam mísseis do complexo Rastrub-B. A Marinha do Brasil recebeu sua primeira aeronave C-SAR da família Super Cougar
Poder Naval
No dia 14 de junho, nas instalações da HELIBRAS,em Itajubá (MG), a Marinha do Brasil recebeu sua primeira aeronave C-SAR (Combat-Search and Rescue – Busca e Resgate em Combate), da família Super Cougar, com o numeral N-7201. Dentro do programa H-XBR, que prevê a entrega de 16 unidades do helicóptero modelo H-225M para a Marinha do Brasil, a N-7201 é a primeira das três aeronaves na versão C-SAR a ser entregue.
O C-SAR é uma das operações mais críticas da atualidade e tem por objetivo o regaste de tripulações abatidas ou que tenham se acidentado em território hostil durante um conflito. Para realizá-la, a aeronave traz um conjunto de sensores e sistema de autoproteção capaz de enfrentar as mais modernas ameaças. A suite integrada de equipamentos auxiliares de defesa é responsável pela autoproteção periférica da aeronave e visa a aumentar sua capacidade de sobrevivência nos cenários de conflitos. É composta por sensores que trabalham alertando, com antecedência, as tripulações sobre ameaças de radares (RWR – Radar Warning Receiver), emissão laser (LWS – Laser Warning Subsystem) e mísseis hostis (MWS – Missile Warning Subsystem).
Complementando o sistema de guerra eletrônica (EWS – Electronic Warfare System), as aeronaves ainda contam com o Supressor de Radiação Infravermelho (JDD – Jet Dilution Device), dispositivo instalado na saída de gases do motor, com o objetivo de diminuir a assinatura térmica, e também com o dispenser de contramedidas Chaff/Flare. Além de ter sua cabine preparada para operação de óculos de visão noturna com glass cockpit (monitores digitais com múltiplas funções), a versão C-SAR ainda conta com equipamento FLIR (Forward Looking Infra-Red), PLS (Personnel Locator System) e o farol de busca spectrolab. O FLIR é capaz de produzir, com alta qualidade, em uma cobertura de 360º, vídeos óticos com o alvo a grande distância, de dia ou noite, e sob qualquer tempo. Como principais características estão o laser ranger finder, para fornecer com precisão a distância até o alvo, e o geo point package, com inertial measurement unit, para reduzir a carga de trabalho e mostrar a latitude e longitude. O PLS é um sistema de localização empregado em missões C-SAR que indica a marcação/distância de um sobrevivente, por meio de um código ou de uma frequência conhecida, podendo ainda ser utilizado para o rendezvous de equipes de operações especiais. O farol de busca spectrolab amplificará a capacidade de busca e resgate da Marinha do Brasil, sendo um farol de feixe variável potente (4° a 20°), que pode ser comandado horizontalmente ou verticalmente e permite, ainda, a aplicação de um filtro infravermelho para operação com OVN. O recebimento de mais um UH-15 na versão C-SAR capacita a Marinha do Brasil no resgate de tripulações e de tropas especiais, cumprindo os aspectos doutrinários deste tipo de missão. As fragatas Admiral Essen e Admiral Grigorovich e o submarino Krasnodar realizaram lançamentos de seis mísseis de cruzeiro Kalibr contra alvos do grupo terrorista Daesh (proibido na Rússia) na província síria de Hama.
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O lançamento foi efetuado a partir da parte oriental do mar Mediterrâneo, segundo um comunicado divulgado pelo Ministério da Defesa russo.
Os militares russos garantem que os mísseis destruíram pontos de comando e depósitos de armas. Posteriormente, aviões da Força Aérea russa eliminaram o resto dos militantes e a infraestrutura do Daesh na área.
O Ministério da Defesa também destaca que os comados da Turquia e Israel foram avisados sobre o ataque. Derrubada de aeronave síria é mais recente sinal do crescente envolvimento militar de Washington no conflito, o que pode levar a um confronto direto com forças russas. Nenhum dos dois lados, porém, tem interesse nisso.
Michael Knigge | Deutsch Welle
Quando o caça F/A-18E Super Hornet derrubou um avião militar sírio de fabricação russa SU-22, depois que a aeronave supostamente atacou combatentes apoiados pelos Estados Unidos perto da cidade de Raqqa, não demorou muito para que a Rússia respondesse ao que considerou uma "agressão" às forças do governo sírio, apoiadas pelo Kremlin.
As autoridades russas não só suspenderam o chamado "canal para redução de conflitos" com os Estados Unidos, criado para evitar possíveis incidentes militares entre os dois países, como ainda disseram que seus militares derrubariam qualquer avião estrangeiro a oeste do rio Eufrates, que consideram área para operações do Kremlin.
Yezid Sayigh, especialista em Síria do centro de estudos Carnegie Middle East Center, diz que a questão-chave sobre o incidente é a razão para o governo do presidente Bashar al-Assad enviar um avião de combate a Raqqa, o que não havia feito há anos. "Minha avaliação é que o regime está testando lá e em Badia, a área desértica do sudeste sírio, as 'linhas vermelhas' dos Estados Unidos, e os Estados Unidos estão simplesmente delineando essas linhas vermelhas, não mais do que isso", avalia. Riscos de recrudescimento O incidente chamou a atenção para o conflito na Síria entre as forças apoiadas pela Rússia e as apoiadas pelos Estados Unidos, o qual tem potencial para colocar os dois países em combate direto na batalha pelo futuro da Síria. Antes da derrubada do avião de guerra, as forças dos Estados Unidos atingiram as forças pró-governo sírio três vezes nas últimas semanas para contra-atacar o que afirmaram ser ataques a grupos aliados. Os EUA elevaram recentemente o apoio militar a seus aliados na Síria, num esforço para expulsar o chamado "Estado Islâmico" da cidade de Raqqa, considerada a última fortaleza dos jihadistas no país. "Os riscos de recrudescimento e de confronto direto entre os Estados Unidos e a Rússia aumentaram, e alguns podem até dizer que isso já existe, pois o número de incidentes aumentou", ressalta Jonathan Stevenson, ex-assessor da Casa Branca para assuntos de segurança político-militares, Oriente Médio e África do Norte. "É uma situação muito perigosa", alerta Iwan Morgan, professor de estudos americanos na universidade britânica University College London. "As chances de confronto aumentaram significativamente." Embora vejam um risco maior de confronto direto, tanto Stevenson quanto Morgan avaliam que nem os Estados Unidos nem a Rússia têm interesse em deixar a situação se acirrar ainda mais. O governo dos EUA provavelmente quer evitar ver as coisas piorarem a tal ponto que se torne necessário um emprego de tropas terrestres na Síria maior do que o pretendido, de acordo com Stevenson. Novas hostilidades são prováveis Na opinião do especialista, a Rússia também teme que uma piora na situação possa sobrecarregar suas forças militares a ponto de elas não conseguirem responder à altura das capacidades dos Estados Unidos. Morgan pondera que, embora nem os Estados Unidos nem a Rússia tenham interesse no confronto, "é claro que você poderia dizer isso sobre muitos conflitos na história que mesmo assim chegaram a um certo ponto e transbordaram". Ele acrescenta, ainda, que um possível confronto entre os Estados Unidos e o Irã, outro país que apoia o governo sírio, também é preocupante. Já em maio, num incidente que recebeu comparativamente pouca atenção, caças americanos atacaram forças xiitas que haviam se aproximado demais dos soldados dos Estados Unidos na fronteira da Síria com o Iraque. Os analistas concordam que, embora seja difícil discernir uma estratégia mais ampla dos EUA – que vá além da atual operação contra o "Estado Islâmico" –, a mudança de regime está, ao menos por enquanto, fora da agenda de Washington. Mas Stevenson avalia que novas hostilidades entre a Rússia e os Estados Unidos – intencionais ou acidentais – são prováveis, especialmente se o uso do canal para redução de conflitos se tornar mais esporádico e os EUA aumentarem gradualmente suas operações em apoio às forças da oposição. Os B-1 executarão exercícios com dois caças F-15K das forças aéreas sul-coreanas
EFE
Os Estados Unidos decidiram, nesta terça-feira, enviar dois bombardeiros estratégicos B-1 para a península da Coreia, com o objetivo que realizem manobras com as forças aéreas sul-coreanas, segundo confirmou à Agência Efe, um porta-voz de Defesa em Seul.
Os B-1 executarão hoje exercícios com duas caças F-15K das forças aéreas sul-coreanas, explicou o porta-voz, detalhando que se trata de "manobras programadas com regularidade".
Apesar da afirmação, o envio dos bombardeiros a partir da base aérea americana Andersen, na ilha de Guam, acontece após a confirmação da morte do estudante americano, Otto Warmbier, detido pela Coreia do Norte no ano passado e repatriado na semana passada em coma. O estudante ficou mais de um ano em coma, em que entrou pouco após a sua última aparição em público (durante seu julgamento em Pyongyang, em março de 2016), de acordo sua família. O regime norte-coreano diz que Warmbier sofreu um surto de botulismo, após ele ter tomado um comprimido para dormir e que não voltou a acordar, versão que seus familiares questionam. A última vez que os EUA enviaram bombardeiros B-1 para a península coreana foi no dia 29 de maio, horas depois do regime de Pyongyang ter lançado um míssil balístico, durante um teste. Quatro posições do EI na província síria de Deir ez-Zor foram atingidas
EFE
Teerã, 20 jun (EFE). - Pelo menos 65 jihadistas do grupo Estado Islâmico (EI), entre eles importantes membros do grupo, morreram no bombardeio iraniano no leste da Síria, conforme um relatório dos Guardiães da Revolução divulgado nesta terça-feira pela canal oficial "Press TV".
Ao todo, quatro posições do EI na província síria de Deir ez-Zor foram atingidas pelos seis mísseis terra-terra e de médio alcance lançados no domingo do Irã pelos Guardiães da Revolução. Os principais alvos foram um centro de reuniões do EI e um hospital militar de Mayadin, no leste de Deir ez-Zor, onde 44 jihadistas morreram, entre líbios, tunisianos e iraquianos.
Já o ataque contra um centro de comando do EI em Al-Muhasan, qualificado pelos Guardiães da Revolução como "um dos principais do EI na região", deixou 15 terroristas mortos. No norte de Deir ez-Zor, o bombardeio abateu seis jihadistas e feriu uma dezena. A ação também destruiu armamentos, munição, tanques, veículos militares e carros-bomba dos extremistas. De acordo a outros relatórios publicados por jornais iranianos, o ataque contra o EI matou o comandante saudita Saad al Husseini, conhecido como Abu Saad. Estes bombardeios foram realizados em resposta ao duplo atentado do EI em Teerã feito no último dia 7 e que terminou com 18 mortos e 50 feridos. O Irã apoia o regime sírio de Bashar al-Assad na luta contra o EI, mas até o domingo não tinha realizado ataques com mísseis a partir de seu território. O exercício multinacional Amazonas I acontece pela primeira vez
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A Força Aérea Brasileira (FAB) está participando ao lado das aviações de Colômbia e Peru de exercícios de simulação para combater o tráfego ilícito na região fronteiriça dos três países, informaram nesta terça-feira fontes oficiais.
O exercício multinacional Amazonas I acontece pela primeira vez a partir desta terça-feira no Amazonas com o objetivo de reduzir e prevenir ameaças como a exploração ilícita de jazigos minerais, imigração ilegal, tráfico de pessoas, danos ao meio ambiente, tráfico de drogas e de armas e contrabando, indicou a Força Aérea Colombiana (FAC) em comunicado.
As operações simuladas serão desenvolvidas durante cinco dias, com aeronaves das três forças aéreas, nas quais serão consolidados procedimentos para combater o tráfego ilícito, de acordo com a FAC. O início do exercício foi na cidade peruana de Iquitos e estabelecerá uma coordenação a partir de Manaus e na Colômbia, através do Grupo Aéreo do Amazonas. Ensaios com o avião de ataque da fabricante brasileira tem potencial para se converter na aquisição de mais de 120 unidades, por US$ 1,2 bi
Roberto Godoy | O Estado de S.Paulo
O avião de ataque A-29 Super Tucano, da Embraer Defesa e Segurança (EDS), será avaliado em julho pela Força Aérea dos Estados Unidos (USAF), para substituição do jato A-10 Javali na frota de ações contra alvos no solo. Os ensaios serão conduzidos no complexo de Holloman, no Novo México. A observação ainda não é um programa, todavia, especialistas militares americanos estimam que um futuro pacote, a ser definido nos próximos anos, possa abranger mais de 120 unidades, valendo acima de US$ 1,2 bilhão.
O convite é importante para a Embraer. A demanda por aeronaves da classe do Super Tucano está em crescimento na Ásia, África,
Oriente Médio e América Latina. O convite do Pentágono é fator de prestígio, e eventualmente um bom argumento comercial, em um segmento avaliado em US$ 3,5 bilhões, envolvendo encomendas potenciais de 300 aeronaves. O principal produto militar da companhia já atua regularmente na aviação do Afeganistão, Angola, Brasil, Burkina-Fasso, Chile, Colômbia, Equador, Indonésia, EUA, Líbano, Mauritânia, Mali e Republica Dominicana. O viés do estudo OA-X (Conceito de Observação e ataque na sigla em inglês) é definir os benefícios do uso de um modelo novo, de baix0 custo, e que não requeira desenvolvimentos para fornecer o apoio tático à tropa, em missões em ambiente de baixo risco – por exemplo, onde as defesas antiaéreas estiverem limitadas a metralhadoras ou mísseis disparados do ombro de um soldado. O modelo examinado deverá ter, ainda, capacidade para receber acessórios que permitam realizar voos de coleta de informações de inteligência. A análise considera uma solução em dois vieses: a compra de uma aeronave para fazer esse trabalho mais leve, associada à modernização de uma parte da frota do A-10, providência capaz de estender a vida útil do pesado e caro Javali até ao menos 2035. O ágil turboélice A-29 não está sozinho na OA-X. A USAF convidou também as empresas Beechcraft, com o AT-6 Wolverine – muito parecido com o Super Tucano –, e a Textron Airland, por meio do Scorpion, o único jato do grupo. A preocupação das autoridades americanas com o gasto operacional é grande. Uma hora de voo do A-10 não sai por menos de US$ 17 mil. O novo F-35 Lightning exige entre US$ 35 mil e US$ 42 mil. A despesa com o Super Tucano, pelo mesmo tempo de emprego, fica na faixa entre US$ 1 mil e US$ 1,5 mil. “O nosso produto é a solução ideal para a USAF porque é especialmente adequado para o tipo de missão pretendido”, disse Jackson Schneider, presidente da EDS. Com uma vasta lista de admiradores e volumosa ficha de sucesso em combate, o Javali, entrou em operação há 40 anos – ainda é eficiente, mas ficou velho. A rigor, o A-10 foi desenhado em torno do maior canhão embarcado de sua classe: o GAU-8 Vingador, um gigante de 300 kg, 6 metros de comprimento e 7 canos rotativos de 30 mm. A arma é um metro mais comprida que o Mercedes Benz S/500L, um dos maiores sedãs do catálogo da fabricante alemã. Sucessão A Comissão das Forças Armadas do Senado dos EUA quer que a desmobilização comece já em 2017 no âmbito de um corte proposto de despesas da aviação militar da ordem de US$ 4 bilhões. Não é tão simples. “O A-10 é muito bom no que faz”, diz o ex-piloto ‘Bock’ Martin, lembrando que nas duas guerras do Iraque, em 1991 e 2003, “foram cumpridos mais de 4 mil ataques com os Javalis – o índice de êxitos foi superior a 94%, um recorde – fica difícil tirar do ar um recurso eficiente assim”. O problema é que o A-10 não tem sucessor claro. A solução mais prática para o problema, de acordo com os consultores do Pentágono, é submeter a um amplo programa de modernização de 173 exemplares extraídos da atual frota pronta para uso, cerca de 290 unidades – 160 delas compondo esquadrões em permanente mobilização. Esse conjunto permaneceria engajado nas tarefas mais pesadas. As missões mais leves caberiam a uma outra aeronave, entre as avaliadas na OA-X. Leve vantagem para o A-29 Super Tucano, da EDS. Considerado o melhor de sua classe em produção no mundo, com 200 aviões produzidos, e uso regular em 13 países contra insurgentes, no trabalho de apoio aproximado da tropa em terra, o A-29 leva a vantagem de já ter sido escolhido uma vez pelo Departamento de Defesa dos EUA e de já estar sendo fabricado em território americano. Mais do que isso: o avião brasileiro é citado nos EUA em todos os principais estudos a respeito da troca do A-10 como opção para atender ao segundo viés do empreendimento: “ataque leve em território hostil de baixo risco”. O Super Tucano foi selecionado pela Força Aérea dos EUA para ser comprado e repassado para a aviação do Afeganistão. O contrato, de US$ 428 milhões, cobre 20 aviões. Parte desse lote, 8 aeronaves, permanecerá em território americano servindo ao treinamento de pilotos na base de Moodys. Os 12 restantes já foram entregues estão sendo empregados para atingir alvos do Taleban, da Al-Qaeda e do Estado Islâmico. Entre janeiro e março de 2016 – único balanço oficial divulgado – foram realizados 260 ataques. Em apenas um deles 42 líderes radicais teriam sido eliminados, de acordo com o comando afegão de operações aéreas. A linha de produção americana fica em Jacksonville, na Flórida. É dessa facilidade industrial, mantida em associação com o grupo Sierra Nevada Company, que saem outras encomendas intermediadas em Washington, como os seis Super Tucanos comprados em novembro de 2015 pelo Líbano. As restrições orçamentárias impedem que o Brasil celebre um acordo para importação dos sistemas russos Pantsir-S1, afirmou o novo embaixador brasileiro na Rússia, Antonio Salgado, em uma entrevista à Sputnik.
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As negociações sobre o fornecimento dos sistemas de defesa antiaérea Pantsir-S1 russos para o Brasil começaram ainda no ano de 2013, porém, devido à complexa situação política no país, a celebração do contrato foi várias vezes adiada.
De acordo com o diplomata, o Brasil conhece bem os armamentos russos, que recebem elogios por parte dos militares brasileiros.
"Eles falam bastante bem sobre o sistema Pantsir do ponto de vista tecnológico. Entretanto, as condições orçamentárias atuais impedem neste momento a concretização do negócio", afirmou o embaixador brasileiro. "Mas eu ressalto que o campo da defesa é um campo muito promissor no desenvolvimento das relações do Brasil com a Rússia. […] As negociações já decorrem há algum tempo, mas quanto a planos de crédito ou linhas de crédito, disso eu não tenho conhecimento", adiantou. A operação do Pantsir-S1, desde a busca de alvos até à sua destruição, se realiza com um mínimo de cálculos e com curto tempo de resposta. Ao mesmo tempo, o equipamento pode usar seus canhões e mísseis, mesmo em movimento, contra todos os tipos de alvos, tanto tripulados como não tripulados. Devido ao sistema adaptativo de controle de mísseis por radar-ótico multifeixe, o Pantsir-S1 tem elevada proteção contra interferências e grande capacidade de sobrevivência em condições de supressão eletrônica e de fogo. Ele foi criado de forma modular e pode ser instalado sobre diferentes chassis, com rodas ou lagartas, bem como em plataformas estacionárias. O chanceler russo, Sergei Lavrov, comentou o ataque da coalizão internacional liderada pelos EUA contra o avião militar sírio.
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"Apelamos aos EUA e a todos os outros que têm suas forças ou conselheiros no terreno [sírio] para que garantam a coordenação no nosso trabalho. As zonas de desescalada são uma das possíveis variantes de avanço. Convidamos todos a evitar ações unilaterais, a respeitar a soberania da Síria e a se juntarem a nós no nosso trabalho comum, que é coordenado com o Governo da Síria", declarou ministro do Exterior russo.
Comentando a situação atual na Síria, inclusive a presença dos EUA no sul do país, Sergei Lavrov frisou que todas as ações devem ser acordadas com Damasco.
"É assim que fazemos com o Irã e a Turquia enquanto avançamos nas negociações em Astana, todas as nossas iniciativas, propostas, coordenamos com a parte síria", lembrou ministro. A coalizão internacional liderada pelos EUA derrubou neste domingo um avião da Força Aérea da Síria nos arredores da cidade de Raqqa. A coalizão internacional está realizando uma operação militar na Síria contra os militantes do grupo Daesh desde 2014. Mas a coalizão está atuando sem autorização do governo legítimo do país. Militares russos, depois do incidente com o avião da Força Aérea síria derrubado por um caça-bombardeiro dos EUA, suspenderam a cooperação com o Pentágono que visava evitar incidentes no espaço aéreo sírio.
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A partir de agora, a aviação e drones da coalizão internacional serão acompanhados pelas unidades da defesa antiaérea russa, declarou o Ministério da Defesa da Rússia que traçou a "linha vermelha" ao longo do rio Eufrates.
Em um comentário para a Sputnik Japão, o analista militar Konstantin Sivkov expressou a opinião que o Su-22 derrubado é mais um sinal de a guerra na Síria estar passando para uma nova fase.
"O Su-22 derrubado pelos norte-americanos é uma ação muito grave. De fato, é mais um sinal de que a guerra na Síria está passando para uma nova fase, a fase da intervenção militar dos EUA contra a Síria. É grave e é perigoso", explica Sivkov. Ele prevê o que pode acontecer depois deste incidente. A Rússia poderia desistir de apoiar a Síria, mas isto significaria o fim da autoridade de Putin, o que pode criar o risco de perturbações no país, opina o analista. Ou então a Rússia teria que entrar numa guerra com os Estados Unidos. "O bombardeio da base área de Shayrat, o ataque contra tropas sírias perto da fronteira com a Jordânia e, agora, a derrubada do Su-22. Os EUA começaram sua agressão gradualmente. Isto é muito perigoso", resumiu o analista militar russo. A coalizão internacional liderada pelos EUA que luta contra o Daesh (organização terrorista proibida na Rússia) na Síria confirmou que tinha derrubado um avião sírio Su-22 na província de Raqqa após este ter supostamente lançado bombas próximo das posições da oposição síria (Forças Democráticas Sírias). Damasco, por sua vez, declarou que, no momento, o caça sírio estava participando de uma operação contra o agrupamento terrorista Daesh. Nos últimos seis anos, a presença e influência dos EUA na Síria têm diminuído, enquanto as dos russos, pelo contrário, cresceram.
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Esta situação não corresponde às expetativas dos norte-americanos, o que explica a atual incursão em Al Tanf, opinou em entrevista à Sputnik Árabe o especialista militar sírio, Hasan Hasan.
"Os norte-americanos montaram seus sistemas de mísseis em lugares onde não há necessidade de lutar contra terroristas. Além disso, estas ações não foram coordenadas com o governo sírio. Tudo isso faz parte de uma agressão contra a soberania síria", disse o especialista.
Na opinião de Hasan, com suas ações os EUA querem mostrar ao mundo, nomeadamente à Rússia, que "a lei internacional não se aplica aos norte-americanos, que são eles que ditam as leis". Segundo ele, o avanço do exército sírio em direção à fronteira com o Iraque e à milícia iraquiana Hasdi Sabi está destruindo os planos estratégicos dos EUA para isolar a Síria do resto do mundo. "Os EUA estão tentando impedir que o exército sírio tome sob seu controle a fronteira sírio-iraquiana e romper as ligações entre as partes que oferecem resistência: Teerã — Bagdá — Damasco — Jerusalém — Iêmen." Nestas condições, é muito importante manter sob controle o posto de fronteira sírio-iraquiana de Al Waleed, que serve de base para a oposição armada apoiada pelos EUA e seus aliados, e que neste fim de semana foi reconquistado aos militantes. É uma posição estratégica importantíssima, pois abre caminho para a Síria, o Iraque e a Jordânia, de acordo com Hasan Hasan. Quanto à trégua, declarada pela oposição armada síria, a última "está cumprindo totalmente as instruções de seus patrocinadores estrangeiros, que prosseguem sua própria política na Síria", disse o especialista sírio em entrevista à Sputnik Árabe. Nesta segunda-feira (19), o Ministério da Defesa russo disse em um comunicado que a derrubada do avião da Força Aérea síria pela aviação americana é uma "violação cínica da soberania da República árabe da Síria".
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Além disso, a entidade comunicou que, a partir de 19 de junho, o ministério suspende a interação com os EUA no âmbito do memorando conjunto sobre a prevenção de incidentes no espaço aéreo sírio.
"A partir de 19 de junho do ano corrente, o Ministério da Defesa da Federação da Rússia suspende a cooperação com a parte americana no âmbito do memorando conjunto sobre a prevenção de incidentes e garantia de segurança dos voos da aviação no decorrer das operações na Síria e exige uma investigação escrupulosa por parte do comando americano, com apresentação dos respectivos resultados e medidas tomadas", diz-se no comunicado.
"Nas regiões do espaço aéreo sírio onde a aviação russa efetua suas missões de combate, quaisquer meios aéreos, inclusive aviões e veículos não tripulados da coalizão internacional, detectados a oeste do rio Eufrates serão acompanhados pelos dispositivos aéreos e terrestres da defesa antiaérea russos e considerados como alvos aéreos", advertiram os militares russos. Ademais, o ministério frisou que as ações americanas em relação às Forças Armadas da Síria podem ser qualificadas, de fato, como "agressão militar". "As repetidas ações militares da aviação americana sob o disfarce de 'combate ao terrorismo' contra as Forças Armadas legítimas de um país-membro da ONU são uma violação gritante do direito internacional e, de fato, um ato de agressão militar em relação à República Árabe da Síria", indica o comunicado do ministério. A entidade adiantou que o comando da coalizão internacional, encabeçada pelos EUA, não usou os canais de comunicação com a Rússia para prevenir incidentes no espaço aéreo durante a operação em Raqqa, onde um avião governamental Su-22 foi abatido. "Naquele momento, os aviões da Força Aeroespacial russa estavam atuando no espaço aéreo sírio. Porém, o comando das forças da coalizão não usou o canal de comunicação que existe entre os comandos aéreos da base aérea de Al-Udeid (no Qatar) e a base de Hmeymim [na Síria] para prevenção de incidentes no espaço aéreo sírio", prosseguiu. A coalizão internacional liderada pelos EUA que luta contra o Daesh (organização terrorista proibida na Rússia e em vários outros países) na Síria e no Iraque confirmou que tinha derrubado um avião sírio Su-22 na província de Raqqa após este ter supostamente lançado bombas próximo das posições da oposição síria (Forças Democráticas Sírias). Damasco, por sua vez, declarou que, no momento, a aviação síria estava realizando uma operação contra o agrupamento terrorista Daesh. Ainda resta 1% de armas químicas herdadas da União Soviética.
Nikolai Litôvkin | Gazeta Russa
Na última terça-feira, os militares russos destruíram as suas últimas reservas de gás sarin, de acordo com o programa Nunn-Lugar, de 1991, que inclui a assistência financeira aos países da ex-União Soviética para a desativação de armas nucleares e químicas.
Segundo o diretor do departamento federal para armazenagem e destruição de armas químicas, Valéri Kapáchin, até o terceiro trimestre de 2017, a Rússia destruirá os últimos estoques deste tipo de armamento.
Após a queda da União Sovietica, a Rússia começou a diminuir os estoques de armas químicas. De acordo com a Convenção sobre a Eliminação de Armas Químicas, no final dos anos 90, Moscou desativou e armazenou cerca de 40 mil toneladas de agentes e munições em locais remotos. “São os agentes organofosforados, gases que agem no sistema nervoso, gas mostarda: iperita, lewisite, sarin, soman e gás tóxico VX, encontrados em cápsulas de artilharia, minas, mísseis, bombas, ogivas de mísseis táticos ou vagões-tanque”, disse o analista militar da agência de notícias TASS, Víktor Litôvkin. Ajuda externa "Os países ocidentais, especialmente os Estados Unidos, Canadá e a União Europeia ofereceram ajuda significativa na destruição dos agentes de guerra química. De acordo com estimativas, foram investidos vários milhões de dólares na destruição de armas russas, algo em torno de 2 a 5 por cento do custo total”, disse o editor-chefe da revista Arsenal Otechestva, Víktor Muralhôvski. A assistência inclui o fornecimento de equipamentos de monitoramento ambiental essencial. Um dos argumentos principais para esta ajuda foi apresentado no Congresso dos EUA pelo senador democrata do Estado da Geórgia, Sam Nunn. Segundo ele, era necessário ajudar os russos a destruir as suas armas químicas para eliminar ameaças aos Estados Unidos. Problemas com o uso Nos locais onde acontece a destruição dos armamentos, o governo construiu cidades modernas com infraestrutura necessária: lojas, hospitais, escolas e instalações desportivas. Assim, o programa de destruição de armas químicas acabou beneficiando o desenvolvimento de regiões remotas da Rússia. No entanto, hoje, os militares enfrentaram o novo problema: a reciclagem dos resíduos produzidos no processo. "Os especialistas abrem os mísseis, minas ou bombas com agentes químicos e injetem substâncias que convertem o conteúdo em uma massa não-tóxica que poderá ser processada", explica Litôvkin. Uma parte desses resíduos é considerada como 'útil' e poderá ser usada para extrair arsênio e outros elementos utilizados na fabricação de componentes para a indústria eletrônica, polímeros e pesticidas. Segundo os especialistas, hoje, a Rússia já tem mais de 140 mil toneladas desses resíduos. No entanto, os outros 100 mil toneladas de resíduos não podem ser processados e devem ser enterrados em locais especiais, algo que tem um custo considerável. O jato de transporte e reabastecimento aéreo KC-390 da Embraer apresentou-se no Paris Air Show em Le Bourget
Poder Aéreo
Esta é a primeira vez que o avião presenta-se em voo para o público. Dois protótipos já foram construídos e atualmente realizam diversas etapas de ensaios em voo par adquirir as certificações necessárias. |
AutorLuiz Maia HistóricoCategorias
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